Marcha Nacional Contra o Pacote Laboral
8 de Novembro de 2025
Camaradas,
A CGTP-IN saúda os mais de 100 mil trabalhadores que, vindos de norte a sul do país, encherem as avenidas de Lisboa com a voz da rejeição ao pacote laboral e de exigência de soluções aos problemas de todos os dias.
A disponibilidade para a luta, a extraordinária mobilização e participação na Marcha Nacional do passado Sábado, o acolhimento e reconhecimento que é tempo de elevar o patamar e trabalhar para a realização de uma Greve Geral no dia 11 de Dezembro, é a resposta que temos de dar perante a tentativa de assalto aos direitos promovida pelo capital. Perante um ataque brutal, a resposta é a Greve Geral!
A Greve Geral, momento alto da luta dos trabalhadores, tem por objectivo derrotar o pacote laboral e o retrocesso social que este representa, mas também exigir o que temos direito: mais salário; mais direitos; mais serviços públicos.
Construída na unidade na acção dos trabalhadores a partir dos locais de trabalho, foi possível estabelecer a convergência para a Greve Geral que se realizará dia 11 de Dezembro.
Após o anúncio da Greve Geral, num contexto de ampla identificação com a sua necessidade por parte dos trabalhadores, o Governo surgiu na praça pública, despejando preconceito e falsidade, com elevada dose de cinismo, contra a luta dos trabalhadores. Um Governo que assim se assume como sendo a voz do capital contra a Greve Geral.
A CGTP-IN, hoje como sempre, age em prol da defesa e elevação das condições de trabalho e de vida dos que representamos. É este compromisso, vertido em acção, que contra todos os ataques, nos mantém como sendo a mais representativa organização social em Portugal.
A nossa agenda não é marcada por outras motivações que não seja a resposta aos problemas, a defesa intransigente de quem trabalha e produz a riqueza, o combate diário
contra a exploração que está na base das desigualdades em Portugal e que, caso fosse aprovado, este pacote iria agravar.
Às afirmações de que é “extemporânea” a Greve Geral, lembramos as palavras do Governo que afirma que as traves mestras do pacote laboral são para manter, ou seja, podem-se
alterar virgulas, mas nunca o sentido da retirada de direitos que está contido nas mais de 100 alterações que querem impor.
Para os locais de trabalho, em cada empresa e sector de actividade, em todo o país, é tempo de esclarecer os trabalhadores, de os mobilizar, unir e organizar para a Greve Geral de 11 de Dezembro, levando a força demonstrada na grandiosa Marcha Nacional, para elevar a luta contra a desregulação dos horários, a facilitação dos despedimentos, a generalização da precariedade, o ataque aos direitos de maternidade e paternidade. Uma Greve Geral para derrotar o ataque à contratação colectiva, à liberdade sindical e ao direito à greve, para exigir salário, direitos e serviços públicos.
A luta é o elemento central para travar o retrocesso que o Governo e o patronato nos querem impor. É assim perante este pacote laboral, como foi em relação a anteriores
tentativas que derrotámos. Com nossa força, unidade e organização vamos voltar a derrotar este assalto aos direitos e forçar às alterações que as nossas vidas exigem.
Viva a luta dos trabalhadores!
Viva a Greve Geral!
Saudações sindicais,
Tiago Oliveira
Secretário-Geral