O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos referiu esta quarta-feira, no plenário de trabalhadores da Acção Social das Forças Armadas, no Arsenal do Alfeite, em Almada, que a União Europeia não podia penalizar Portugal por défice excessivo após a publicação do livro que denunciou a alegada cumplicidade da Comissão Europeia na adulteração das contas francesas.
Acrescentando que "todos nós sabemos que não se engana a UE, que a UE, neste caso, foi cúmplice de um processo de fraude e, sobretudo, de manipulação e eu diria até de outra maneira: de martelada das contas, para favorecer os grandes em prejuízo dos pequenos países".
Para Arménio Carlos, a União Europeia pretende impedir que o governo português concretize outras medidas "mais avançadas" na reposição de direitos dos trabalhadores, designadamente o "aumento dos salários dos trabalhadores da administração pública, o desbloqueamento das carreiras profissionais, a melhoria das pensões de reforma e, até, aquilo que se relaciona com a necessidade de revogação de algumas normas gravosas da legislação laboral".
Em síntese, concluiu que "a União Europeia continua a fazer o seu papel: dócil e, sobretudo, submissa aos países que têm mais poder. E depois fala forte e procura bater naqueles países que têm menos poder, como é o caso de Portugal".