A Fiequimetal deu o seu acordo à última proposta da administração da REN, sobre a actualização salarial de 2024, mas não abdica da negociação do Caderno Reivindicativo de 2022, para cumprir o compromisso patronal assumido na negociação de 2023.
No dia 23 de Maio, teve lugar a 10ª reunião de negociação da Tabela Salarial 2024. Finalmente, houve condições para dar acordo e fechar o processo de negociação.
A administração apresentou a sua proposta final para aumentos na tabela salarial e matérias de expressão pecuniária, com efeitos a 1 de Janeiro de 2024 (excepto subsídio de alimentação e ajudas de custo), com os seguintes valores:
- Aumento de 4,3% nas tabelas salariais (quadros superiores, técnicos operacionais e técnicos administrativos), assegurando um aumento mínimo de 95 euros;
- Aumento de 3% para trabalhadores acima das tabelas salariais;
- Aumento de 5% no subsídio de alimentação e nas ajudas de custo (efeitos a Junho de 2024);
- Aumento do prémio de antiguidade para 15,50 euros;
- Aumento de 4,3% nas restantes figuras de expressão pecuniária.
Ao dar acordo à proposta da administração, a Fiequimetal insistiu em afirmar que a REN tem condições para ir mais longe, como o futuro próximo comprovará.
Compromisso para respeitar
Numa declaração para a acta final, a Fiequimetal deixou claro que não abdica da negociação do Caderno Reivindicativo apresentado em 2022 (CR2022). As matérias pendentes devem ser negociadas a seguir à tabela salarial, com o objectivo de serem aplicadas o mais rápido possível.
A federação e os sindicatos declararam que vão recorrer a todos os meios necessários e julgados convenientes para reiniciar a negociação do CR2022.
Vai ser necessária a força de todos os trabalhadores, uma vez que a administração defende, sem razão, que o compromisso assinado na negociação da tabela salarial de 2023, relativo à negociação destas matérias, findou a 31 de Dezembro de 2023.
A Fiequimetal recusa esta posição. Aquilo que se passou em 2023 não se pode chamar de negociação, foi uma conversação sem nenhuma resolução.
Mais uma vez, a voz e a participação dos trabalhadores neste processo serão fundamentais para uma conclusão positiva. Só com a força de todos, se defende e conquista direitos para todos.