Nos próximos dias, a partir já de amanhã, vão entrar em greve trabalhadores da Aapico Maia, da DS Smith Paper Viana, da Águas e Resíduos da Madeira e da Amarsul. É reivindicação comum o aumento significativo dos salários.
Os trabalhadores da Aapico Maia vão estar em greve, durante duas horas por dia, no final de cada turno, nos próximos três dias (22, 23 e 24), bem como a 29 e 30 de Abril.
O SITE Norte explicou que nas negociações sobre o caderno reivindicativo de 2024, depois de várias reuniões, a administração não mostrou abertura negocial. Como não garante um valor igual para todos os trabalhadores, aplicando uma percentagem, a administração aumenta ainda mais a situação de discriminação salarial - ao contrário do compromisso que assumiu em 2023, quando este motivo também gerou luta.
Amanhã, dia 22, a partir das 13 horas, os trabalhadores da Aapico Maia vão estar concentrados em frente às instalações da empresa (Rua Jorge Ferreirinha, 679).
Na DS Smith Paper Viana, por aumentos salariais justos e dignos, está convocada greve das 16 horas de 27 de Abril às 24 horas de dia 30, e das zero horas de 8 de Maio às 24 horas de 11 de Maio, informou também o SITE Norte.
Os trabalhadores da ARM - Águas e Resíduos da Madeira, organizados no SITE CSRA, vão estar em greve a 30 de Abril e 2 de Maio, caso até lá a administração não apresente uma contraproposta de revisão do AE que vá ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores, plasmadas na proposta apresentada pelo sindicato. Aí se exige, nomeadamente: aumento salarial de 17%, com valor mínimo de 170 euros; redução do horário de trabalho semanal para 35 horas, aplicando a todos os trabalhadores, para acabar com a discriminação.
Realizaram-se plenários na ARM a 9, 10 e 11 de Abril, onde os trabalhadores demonstraram descontentamento e indignação, ao tomarem conhecimento de que a administração respondeu com um «não» a todas as propostas sindicais.
Na Amarsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos (distrito de Setúbal), os trabalhadores decidiram marcar greve de 48 horas, para 2 e 3 de Maio. A decisão de luta, como informou o SITE Sul, foi tomada depois de, mais uma vez, a administração ter aplicado uma atualização salarial que não repõe o poder de compra perdido devido ao brutal aumento do custo de vida.
Entre 1 e 5 de Maio haverá ainda greve a todo o trabalho suplementar.
Prossegue a luta na EDP
Em defesa dos direitos dos trabalhadores, pela valorização das carreiras profissionais e da antiguidade nas empresas, e pela reposição da justiça laboral, os trabalhadores das empresas do Grupo EDP poderão fazer greve entre as zero horas de 7 de Maio e as 24 horas de 30 de Junho.
A greve, a decidir em cada caso concreto, dá seguimento à luta iniciada há meses e que já incluiu pela realização de duas grandes concentrações junto da sede da EDP, mantendo os objectivos de:
- Atribuição de duas BR aos trabalhadores abrangidos pelo ACT 2014 e que não tenham sido admitidos acima da BR de entrada do nível respectivo;
- Atribuição de uma BR aos trabalhadores provenientes do ACT 2000;
- Atribuição da remuneração por antiguidade a todos os trabalhadores que a não recebem.
Na reunião negocial de dia 15, a tão publicitada presença do presidente executivo foi, afinal, mais do mesmo, pois Stilwell de Andrade não apresentou nada de novo.
A Fiequimetal e os seus sindicatos na empresa continuam a afirmar que existem soluções viáveis, para uma resposta positiva às reivindicações dos trabalhadores.