Os trabalhadores da Linde Portugal, organizados no SITE CSRA e no SITE Norte, alcançaram aumentos salariais, subida do salário de entrada na empresa e aumento do subsídio de refeição.
Para 2024, os aumentos dos salários-base serão, para todos os trabalhadores, de 10 por cento, com um mínimo de 100 euros, o que em muitos casos irá corresponder a mais 140, 150 ou mesmo 160 euros. Em categoriais superiores, há aumentos ainda maiores. Por outro lado, os salários mais baixos, em início de carreira, têm um aumento mínimo de 100 euros e os trabalhadores que entrarem agora vão passar a ter um salário de entrada de 850 euros, ou seja, 30 euros acima do salário mínimo nacional.
O subsídio de refeição passa de 9 para 10 euros, ou, mediante apresentação de factura, de 12 para 13 euros.
As comissões sindicais do SITE CSRA e do SITE Norte, saudando todos os trabalhadores por estes resultados, realçam que foi determinante terem-se mantido unidos e terem demonstrado que estavam prontos para lutarem pela sua proposta reivindicativa.
Necessidade de organização
Em 2021, os difíceis processos de reestruturação na Linde Portugal fizeram com que os trabalhadores sentissem a necessidade de se organizarem.
Outras matérias, relacionadas com segurança e saúde no trabalho, fizeram com que os trabalhadores entrassem em processos reivindicativos intensos, como foi a luta para manter a lavagem das fardas dos operários como uma obrigação patronal.
Nos sectores técnicos e administrativos, os trabalhadores também estiveram durante dois anos com os seus salários congelados, o que levou a grande indignação nas discussões reivindicativas para 2024.
Além das dificuldades internas sentidas nos últimos anos, os trabalhadores da Linde Portugal sofreram a perda de poder de compra e a degradação das condições de vida. Tal como no País, também na Linde as contas dos administradores e dos accionistas foram em sentido contrário: de 2020 para 2022, o volume de negócios aumentou 15 por cento e os resultados líquidos cresceram 40 por cento.
Os trabalhadores da Linde Portugal assumiram como urgência a necessidade de um aumento significativo dos salários, com reflexo nas matérias pecuniárias.
O Caderno Reivindicativo para 2024 foi apresentado à administração da Linde Portugal, como resultado de várias reuniões, envolvendo os trabalhadores de Alenquer, Porto e Lisboa.
Os trabalhadores mantiveram-se unidos e organizados, prontos para a luta pelas suas reivindicações. Assim, conseguiram que a administração entrasse em negociação e chegasse a números que possibilitaram um acordo.
A luta, a unidade e as propostas da CGTP-IN mostram, ao contrário do que alguns diziam, que é possível mudar a realidade e construir uma vida melhor.