O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores (SITACEHTT/AÇORES) considera evidente a degradação das condições de vida e de trabalho dos Açorianos.
Os baixos salários e pensões que já não chegavam até ao final do mês, ficam, aos dias de hoje, ainda mais curtos. Os números evidenciam as dificuldades, 26.1% dos açorianos em risco de pobreza ou situação de exclusão social. Muitos deles são trabalhadores, a tempo inteiro, ou trabalharam uma vida inteira, mas cujo salário ou pensão não chega para pagar as despesas básicas, como a renda da casa ou a prestação ao banco, a comida, a medicação, as faturas da energia ou do gás.
Para o SITACEHTT/AÇORES é evidente a degradação do poder de compra, o agravamento das desigualdades, na nossa Região e a cada vez maior injustiça na distribuição da riqueza. Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Este ano iniciou-se com novos aumentos de preços de bens e serviços essenciais. Da alimentação à habitação, da energia às telecomunicações, são muitos os bens e serviços essenciais que passam a pesar ainda mais nos orçamentos das famílias.
É preocupante e difícil a situação da generalidade da população açoriana, nomeadamente dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas e dos jovens.
O patronato, fazendo uso de todas as oportunidades que lhe têm sido oferecidas, nomeadamente no que diz respeito à legislação laboral, boicota a contratação colectiva, ataca direitos e aumenta a exploração, procurando levar mais longe o objectivo de perpetuar os baixos salários, esconder os níveis de acumulação de lucros em muitos setores de atividade nos Açores e desviar a atenção da necessidade e possibilidade do aumento significativo dos salários.
Para o SITACEHTT/AÇORES é possível um outro rumo para os trabalhadores e para os Açores. É possível e necessário responder às reivindicações dos trabalhadores, através das quais se garantirão melhores condições de vida e de trabalho. É possível o aumento geral e significativo dos salários e pensões, controlo e redução dos preços dos bens e serviços essenciais, limitação da actualização das rendas e responsabilização da banca pelo aumento das taxas de juro, taxação dos lucros das grandes empresas, entre outras - quem trabalha e trabalhou não estaria agora confrontado com a difícil situação em que se encontra.
Não podemos e não vamos desistir de lutar, para além da denuncia dos problemas, apresentamos também soluções. Não abdicamos da luta pelos trabalhadores e pelos Açores.
Fonte: SITACEHTT/AÇORES