Os trabalhadores da Silopor estiveram ontem em greve para exigir a integração dos trabalhadores com vínculo precário nos quadros da empresa, a valorização dos salários e a revisão do Acordo do Empresa, com foco numa maior e mais célere progressão nas carreiras profissionais.
A Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, esteve presente com o piquete de greve nas instalações da Trafaria, às 08h30.
Na parte da tarde, os trabalhadores deslocaram-se até ao Ministério das Finanças, onde contaram com a presença da Presidente da Direcção Nacional do CESP, Filipa Costa.
Os trabalhadores da Silopor exigem:
· a integração nos quadros da Silopor dos mais de 20 trabalhadores de empresas de trabalho temporário, alguns dos quais a prestar serviço diariamente na Silopor desde 2019.
· a valorização dos seus salários, não aceitando as limitações impostas pelo Ministério das Finanças e Comissão Liquidatária.
- O despacho do Ministério das Finanças prevê que a massa salarial, onde se incluem as promoções e o pagamento extra do trabalho suplementar, só possa aumentar até 5% — com esta limitação inaceitável, ficarão os próprios trabalhadores a "pagar" as promoções dos colegas, com o aumento que não poderão ter!
· a revisão do Acordo de Empresa, nomeadamente em relação às carreiras profissionais.
- Os trabalhadores pretendem negociar a revisão do Acordo de Empresa e das carreiras profissionais aí previstas, garantindo uma maior e mais célere progressão na carreira, até como forma de compensar os trabalhadores pelo congelamento de carreiras ocorrido no período da troika.
Nos últimos anos, com excepção de 2023, ano em que foi possível negociar a revisão das tabelas salariais, os trabalhadores da Silopor acumularam perda de poder de compra e desvalorização profissional, apesar dos resultados, sucessivamente, muito positivos da empresa, sendo previsível que 2023 tenha sido o melhor ano de sempre — muito à custa do trabalho e da riqueza gerada pelos trabalhadores da Silopor.
Fonte: CESP