Trabalhadores da GI Group concentraram-se no sábado, dia 8, à porta da AIS Portugal, em Montemor-o-Novo, onde trabalham todos os fins-de-semana, recebendo como se fosse laboração em horário normal. Exigiram reunir-se com os representantes da empresa de trabalho temporário.

Numa nota de imprensa, o SITE Sul refere que estes trabalhadores prestam serviço na fábrica da Automotive Interior Systems ao fim-de-semana, ou seja, em dias que não são de trabalho normal, mas que pelas duas empresas são tratados como tal.

Os trabalhadores exigem que as reuniões com a empresa que os contrata se realizem nos dias em que prestam serviço. Exigem também ser tratados com respeito e dignidade e não através de mensagens SMS por telemóvel. Contestam ainda a exigência, por parte das empresas, de que os trabalhadores se desloquem ao local de trabalho em dias que não são de trabalho.

A laboração em dias de descanso semanal, que deveria ser remunerada como trabalho extraordinário, é paga como se o trabalho fosse realizado em dia normal. Relativamente aos trabalhadores com vínculos efectivos à AIS Portugal, os trabalhadores contratados através da GI Group são também discriminados no valor do subsídio de refeição e na retribuição das horas nocturnas.

O sindicato continua a recusar que o sábado e o domingo sejam pagos como dias normais de trabalho, defendendo que os mesmos devem ser pagos como trabalho em dia descanso semanal (complementar e obrigatório).

O SITE Sul reivindica salários dignos para todos os trabalhadores que laboram na AIS Portugal e o fim das discriminações entre trabalhadores da AIS, da Randstad e da GI Group.

É inaceitável que estas empresas tenham trabalhadores a trabalhar ao domingo, retribuindo-os como sendo dias normais de trabalho e sem lhes propiciar acesso a formação e a medicina e saúde no trabalho.

FONTE: FIEQUIMETAL