A ACT - Autoridade para as Condições de Trabalho foi chamada pelo Sindicato da Hotelaria do Sul a intervir no Hospital de Portalegre, durante a greve dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios que decorreu na passada sexta-feira, 29 de Novembro.
Já há muito que a empresa concessionária, Itaú, tenta limitar, por várias vias, o direito à greve dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos Hospitais de Elvas e de Portalegre.
Aumentar a precariedade contratando trabalhadores através de Empresas de Trabalho Temporários, criar escalas de serviços mínimos alternativas, ameaçar de despedimento e processos disciplinares são algumas das estratégias usadas pela actual concessionária, a Itaú.
Durante a greve de sexta-feira, que conduziu ao encerramento do bar no Hospital de Elvas e que contribuiu também para o encerramento das escolas na cidade de Portalegre em que existem várias cantinas concessionadas, a estratégia foi outra mas não nova.
A chefia informou os trabalhadores que no refeitório, ao invés dos serviços mínimos decretados pelo Ministério do Trabalho que determina que devem ser satisfeitas as necessidades sociais impreteríveis, assegurando-se a alimentação dos doentes e pessoal de banco, eles teriam que servir todos os utentes.
O Sindicato da Hotelaria do Sul solicitou a intervenção da ACT que esteve no local a auscultar trabalhadores, chefia e delegada sindical. A inspectora da ACT recusou-se, no entanto, a auscultar restante Comissão Sindical constituída por mais duas dirigentes sindicais, trabalhadoras naquele serviço, que se deslocaram ao local de trabalho com o objectivo de colaborar com a ACT nesta inspecção.
A Administração da ULSNA está a par das tentativas de limitação do direito à greve por parte da empresa Itaú e irá ainda ter acesso a um relatório completo e histórico dos acontecimentos que tiveram lugar na sexta-feira.
FONTE: União Sindicatos do Norte Alentejano