Os participantes no plenário nacional de dirigentes, delegados e activistas sindicais das empresas de distribuição, que decorreu ontem, em Lisboa, deslocaram-se em desfile até à sede da associação patronal para entregar as suas reivindicações.
O plenário decidiu sobre a continuação da luta pela negociação do CCT – Contrato Colectivo de Trabalho e a urgência no aumento dos salários para todos os trabalhadores.
Os representantes dos trabalhadores das empresas de distribuição decidiram:
- Discutiram a situação no sector, constataram a manutenção da postura da APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição) e das empresas que a dirigem, nomeadamente Sonae (Presidente), Jerónimo Martins/Pingo Doce e Auchan (vice-Presidentes) de quererem manter o modelo inaceitável de salários de miséria e brutal exploração dos trabalhadores, nomeadamente através dos longos e desregulados horários de trabalho, falta de trabalhadores, ritmos de trabalho brutais, precariedade e pressões e repressão sobre os trabalhadores;
- Reafirmaram a justeza das reivindicações constantes da proposta do CESP/Fepces apresentada à APED e às empresas de aumento de 90€ (3€/Dia) para todos os trabalhadores em Janeiro de 2020, valorização das carreiras, profissões e qualificações dos trabalhadores, fim da Tabela B e correcção da carreira de operador de armazém;
- Decidiram por unanimidade que, se a APED e as empresas mantiverem a sua postura de bloqueio à negociação, vão continuar e intensificar a luta nos meses de Dezembro e Janeiro com plenários, plenários com saída à rua, concentrações e greves em todas as empresas de distribuição e realizarão uma acção nacional de luta de todo o sector em data a definir.
O Plenário decidiu deslocar-se em desfile até à sede da APED, onde os representantes dos trabalhadores se concentraram enquanto a Comissão Negociadora Sindical foi entregar a Resolução aprovada à Associação Patronal.
FONTE: CESP