Uma primeira lista com 41 escolas e agrupamentos em que há docentes que aderiram à greve ao sobretrabalho, em luta contra os abusos e ilegalidades nos horários de trabalho, foi divulgada pela FENPROF na passada sexta-feira.
Nestes dias, a greve está a incidir principalmente – mas não só – sobre as reuniões de avaliação intercalar que (ainda) representam, para a maioria dos professores, seis, oito, dez ou mais horas em cima do horário legal (!), isto é, para além de todas as outras tarefas distribuídas até às 35 horas semanais.
É preciso ainda sublinhar que há exemplos de escolas e agrupamentos em que já vêm sendo tomadas medidas para minimizar ou resolver o problema do “sobretrabalho” provocado pela realização de reuniões, consagrando tempos para este efeito no âmbito das 35 horas semanais, libertando de tarefas previstas na componente não lectiva de estabelecimento, ou interrompendo mesmo as actividades lectivas para que os docentes possam realizar as reuniões de avaliação intercalar. São decisões positivas que consubstanciam resultados do processo de luta que será tanto mais forte quanto maior for o envolvimento dos docentes. Há que ir mais longe, até que o ME dê as devidas orientações a todas as direcções!
Os abusos e ilegalidades nos horários de trabalho são problemas que se arrastam perante a passividade e o oportunismo do Ministério da Educação que, ao não tomar medidas para os resolver, continua a aproveitar-se de milhares de horas de trabalho “à borla”, às quais quer continuar a submeter os professores. É contra isto que muitos já estão a fazer greve, de acordo com os pré-avisos emitidos pela FENPROF e outras organizações.