Greve4JunhoNa próxima segunda-feira, 4 de Junho, os trabalhadores da CP, MEDWAY e TAKARGO estarão em greve, em defesa da segurança ferroviária.

A greve ocorre por não ter havido entendimento com o governo, quanto a uma questão central: a existência, no mínimo, de dois trabalhadores na tripulação nos comboios de passageiros e de mercadorias.

Esta é uma greve contra a falta de abertura do Governo para resolver um problema que tem implicações profundas com uma questão central do transporte ferroviário, a sua segurança.

Como demonstram que um comboio apenas com um trabalhador é mais seguro do que com dois?

Para além desta pergunta central, à luza da realidade da nossa rede e do material circulante, colocam-se questões que não tiveram respostas, nomeadamente:

Que avaliação de risco foi feita desta medida e o seu impacto na segurança de pessoas (passageiros e trabalhadores) e bens?

Quem decide as situações de excepção e na base de que conhecimento real da infraestrutura, material, tipo de mercadorias, etc?

Quem fiscaliza o cumprimento daquilo que está estabelecido nos Regulamentos, tendo em conta que a situação do IMT é de falta de efectivos?

Que avalização se faz do elevado número de descarrilamentos em linhas/troços onde está previsto poder-se operar em regime de agente único?

Quem fiscaliza em condições em que circulam os comboios, em que por exemplo se sabe que a grande maioria das balanças ao longo da linha estão desactivadas?

O processo de negociação tem que ter em conta toda esta realidade e não se pode desvalorizar um elemento central no transporte ferroviário – a segurança.

É na base disto que temos que fazer qualquer discussão sobre a questão da nova regulamentação da segurança ferroviária.

FONTE: FECTRANS