A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens - CIMH/CGTP-IN assinala esta data simbólica, manifestando a sua solidariedade a todas as mulheres que, de uma forma ou de outra, sofrem com situações de violência e demonstrando simultaneamente a sua firme determinação em agir e lutar, aos vários níveis, para a erradicar.
No nosso país, é impossível silenciar e não denunciar as situações de violência doméstica. Segundo notícias divulgadas, no presente ano e até esta data foram já assassinadas 26 mulheres em Portugal, o que dá a dimensão complexa e dramática deste problema.
Outras formas de violência sobre as mulheres acontecem também nos locais de trabalho – o chamado assédio moral ou violência psicológica - menos divulgado devido à dificuldade de prova e ao clima de intimidação e medo que produz à sua volta. Mas que tem vindo a alastrar em várias empresas e serviços, do sector privado e do sector público, ocasionando problemas graves de saúde, e que está a merecer uma intervenção sindical cada vez mais frequente e já com resultados positivos.
Por outro lado, o desemprego também constitui outra forma de violência; as mulheres representam 52% do total dos desempregados em Portugal e são 67,1% dos desempregados de longa duração, muitas delas sem qualquer tipo de protecção social, situação há muito denunciada pela CGTP-IN e merecedora da justa reclamação de que seja garantida protecção social e todos os homens e mulheres que procuram emprego e não o conseguem encontrar, devido à situação económica e social do país.
Não é possível haver desenvolvimento, paz ou progresso quando as mulheres se confrontam com situações diversas de violência, que ocorre nos espaços públicos e privados e não é só agressão física, é também psicológica e moral.
Este não é apenas um assunto das mulheres, é uma responsabilidade de todos nós.
Por isso, hoje, dia 25 de Novembro, que coincide com o encerramento da Marcha Nacional da CGTP-IN por uma política de esquerda e soberana, onde muitos milhares de mulheres e homens estarão na Assembleia da República, para dizer que no mesmo momento em que o PSD e o CDS estão a aprovar o Orçamento do Estado para 2015, ele está a ser rejeitado nas ruas por constituir também uma violenta agressão contra o povo e os trabalhadores.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 25.11.2014