A CGTP-IN rejeita e repudia a requisição civil decidida pelo Governo para o Grupo TAP e reitera a solidariedade com a luta dos trabalhadores contra esta medida prepotente e ilegal.
A agudização do conflito nesta época do ano é da exclusiva responsabilidade do Governo do PSD-CDS. A aceleração do processo de privatização da TAP e a pressa em a vender ao desbarato só podia ter como resposta a luta firme e determinada dos trabalhadores na defesa da empresa, com capitais 100% públicos, dada a sua importância estratégica para o desenvolvimento do país.
Mais uma vez, ao diálogo proposto pelos trabalhadores, respondeu o Governo com uma requisição civil que, para além de inadmissível, constitui um atentado ao direito à greve, considerando que viola o nº 3 do artigo 541, do Código do Trabalho.
A CGTP-IN relembra que, em todas as greves efectuadas na TAP, as estruturas afectas à nossa organização sempre salvaguardaram os serviços mínimos com a realização de 1 voo de ida e volta para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, garantindo, assim, as necessidades inadiáveis de quem habita naquelas regiões ou a elas tem de se deslocar.
Neste quadro, e perante os que agora falam dos prejuízos que esta greve pode originar, relembramos que não passa de "uma gota no oceano" comparada com o impacto desastroso no plano económico e social que a privatização da TAP, a concretizar-se, teria para os trabalhadores, a população e o país.
A luta dos trabalhadores da TAP já derrotou duas tentativas de privatização: a primeira, quando a tentaram entregar à Swissair pouco tempo antes desta falir; a segunda, quando travaram a sua venda ao Sr. Efromovich. Também, agora, a unidade e coesão de todos os trabalhadores e o apoio da população em geral, serão determinantes para travar este atentado contra o património público e o interesse nacional.