A CGTP-IN vai assinalar este 1º de Maio num momento de grande complexidade para todos e em particular para os trabalhadores.
São os trabalhadores que estão na linha da frente deste combate, assegurando os serviços de saúde e todos os serviços públicos e sociais, a produção de bens e serviços essenciais entre outras funções. Mas são também os trabalhadores os mais afectados por respostas políticas desequilibradas e por medidas que não garantem o emprego, os salários e os direitos.
Estivemos e estamos com os trabalhadores e vamos continuar a lutar e a defender de forma firme os seus direitos.
Já manifestámos publicamente que não iremos realizar as manifestações, concentrações e desfiles. Não teremos a participação de centenas de milhar de trabalhadores e reformados que estarão solidários a partir das residências e locais de trabalho.
Mas é necessário, neste 1º de Maio, dar voz à indignação e às reivindicações, trazendo à rua a denúncia dos abusos e atropelos a que os trabalhadores estão a ser sujeitos, afirmando com toda a força os direitos e as conquistas de Abril!
Assim, no 1º de Maio, realizaremos iniciativas em Lisboa, na Alameda Dom Afonso Henriques, Porto e outras cidades, garantindo a protecção da saúde e o distanciamento sanitário de todos quantos participarão, afirmando o nosso protesto, as nossas reivindicações, a nossa luta.
A participação nas iniciativas será necessariamente limitada, recomendando-se a não participação de reformados tendo em consideração as normas de protecção hoje existentes, bem como a não participação de crianças.
Aqueles que estarão na rua representarão todos os trabalhadores, num 1º de Maio que não é uma simples comemoração, é uma acção em que faremos ouvir a voz dos trabalhadores, da denúncia do desemprego, dos cortes dos salários, da incerteza no dia de amanhã, da destruição da vida de tantos trabalhadores e da exigência de tomada de medidas.
Hoje, como sempre, a CGTP-IN está na linha da frente da defesa da saúde e dos direitos dos trabalhadores, pelo emprego, pelos salários, pelos serviços públicos.
No 1º de Maio haverá também, durante todo dia, na página e redes sociais da CGTP-IN, um vasto conjunto de iniciativas, animação e vídeos que reflectirão a realidade vivida pelos trabalhadores nos locais de trabalho, empresas e serviços, mas também as reivindicações dos reformados e pensionistas.
No ano em que se comemoram os 50 anos da CGTP-IN e os 130 anos do 1º de Maio, quando são atacados os direitos sociais, laborais e sindicais e se impõe a luta pela sua defesa, por melhores condições de trabalho e de vida, os trabalhadores contam com a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, como sempre contaram.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 22.04.2020