Para o seu presente e futuro, os jovens precisam é de mais e melhor salário!
Sem prejuízo de uma análise mais profunda, a Interjovem/CGTP-IN considera que as recentes medidas direccionadas à juventude, anunciadas pelo Governo PSD/CDS, passam distantes daquelas que têm de ser as respostas aos problemas com que a Juventude Trabalhadora se confronta, distantes daquelas que são as reivindicações pelas quais tem lutado nos seus locais de trabalho e nas ruas.
Num quadro em que o governo e o seu programa propõem a manutenção da política de baixos salários, de promoção da precariedade e de imposição de horários cada vez mais longos e desregulados, o anúncio de medidas como o IRS Jovem não só são residuais na sua abrangência e impacto (a maioria dos jovens ou não beneficia, ou beneficia pouco, em virtude dos baixos salários que aufere), como estimulam as práticas de baixos salários praticadas pelos patrões, quando o que se exige é uma real valorização dos salários, das carreiras e profissões, e assim distribuir a riqueza criada de forma mais justa.
A Juventude Trabalhadora aspira uma vida digna com qualidade no país onde cresceu e onde quer viver e trabalhar e para isso a juventude precisa não de pensos rápidos e sim da concretização efectiva do direito à saúde com um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito capaz de dar resposta às suas necessidades. Para os jovens trabalhadores se poderem emancipar o que precisam é a concretização efectiva do direito a habitação através da promoção da oferta pública em oposição à especulação que tem empurrado milhares de jovens para fora das suas terras, assim como de uma verdadeira valorização dos seus salários.
Um país onde os jovens não só podem ver realizados os seus projectos de futuro, mas também ter estabilidade e confiança no presente – esta é, sim, a realidade pelo qual os jovens trabalhadores lutam, contando sempre com os seus sindicatos de classe da CGTP-IN e a sua organização específica, a Interjovem. Uma luta que passa pela necessidade de quebrar com o caminho de retrocesso social e de intensificação da exploração laboral, das desigualdades sociais e económicas, aspectos caracterizantes da política de direita.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 27.05.2024