A Direcção Nacional da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens – DN CIMH/CGTP-IN saúda o SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses – Delegação do Porto e através dele todas as enfermeiras e enfermeiros, pelo seu papel activo, reivindicativo e proponente em defesa do trabalho, da saúde e dos direitos, liberdades e garantias, que hoje, dia 9 de Dezembro, mais uma vez se afirmam na Concentração junto ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia (Hospital Santos Silva).
A CIMH acompanha desde o início as justas razões que levaram o SEP a exigir da Administração deste Hospital a revogação imediata da decisão unilateral e ilegal de suspensão dos horários flexíveis atribuídos e exercidos pelos enfermeiros com filhos até 12 anos de idade.
Esta exigência do Sindicato em articulação com a denúncia efectuada pela CIMH/CGTP-IN na reunião tripartida da CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, foram decisivas para o recuo por parte da Administração e para reposição da legalidade.
A pandemia não pode ser usada para pôr em causa os direitos de parentalidade dos enfermeiros, atacando os seus direitos e das suas famílias, nem para aumentar a precariedade na profissão, antes tornou clara a necessidade de contratar profissionais com vínculo efectivo e de investir na melhoria das condições de trabalho, melhorando simultaneamente as respostas e condições assistências.
Vivemos um tempo em que é preciso continuar a salvar vidas, mas também manter a luta pelo respeito e conquista de direitos de quem está “na linha da frente”.
Tempo em que o trabalho e a luta dos enfermeiros releva a coragem de mulheres e homens que resistem e não desistem de valorizar a sua profissão, defender o direito à saúde como um direito fundamental do ser humano e afirmar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como um pilar estruturante da vida das pessoas e da coesão social do país.
A afirmação dos direitos de parentalidade dos enfermeiros e das enfermeiras, assume-se também como um alicerce fundamental na valorização do trabalho, no combate à desregulamentação dos horários e na defesa da conciliação com a vida pessoal e familiar.
A reposição dos horários flexíveis foi resultado da intervenção e da luta!
A luta continua!
CIMH
09.12.2020