Há 76 anos, através da destruição de mais de 500 povoações palestinianas e do massacre, Israel iniciou o processo de limpeza étnica de que hoje vemos o agravar.
A Nakba, palavra árabe que significa “catástrofe”, resultou na expulsão de mais 75 mil palestinianos das suas casas, das terras historicamente suas. Ao longo destes 76 anos, a política segregacionista, opressiva e repressiva de Israel têm dado seguimento a esta catástrofe.

Na Cisjordânia, continuam as implantações de colonatos ilegais à luz da lei internacional, expulsando das suas casas famílias palestinianas, agredidas e mesmo assassinadas, com o respaldo do exército israelita. Prossegue a humilhação, as prisões arbitrárias, a discriminação e a segregação da política de apartheid Israelita, que promove o ataque aos direitos dos palestinianos, em particular o direito ao trabalho.

Na faixa de Gaza a brutalidade do genocídio choca a cada dia que passa. Os bombardeamentos, o estrangulamento da entrada de água, comida e combustível e a acção assassina das tropas israelitas mataram já mais de 40 000 pessoas, mataram e feriram mais de 26 000 crianças, mais de 2% da população infantil na faixa de Gaza. A ofensiva Israelita, que nos últimos 7 meses tem arrasado Gaza e empurrado mais de um milhão de pessoas cada vez mais para sul, invadem agora Rafah, onde o governo Israelita assegurou cinicamente segurança. 
Israel é o maior foco de conflitos e de instabilidade da região, desenvolvendo permanentemente a sua capacidade nuclear e utilizando repetidamente a violência e a agressão sobre o povo Palestiniano e sobre os vizinhos da região.

A CGTP-IN afirma a necessidade de um cessar fogo imediato e permanente. O massacre tem de acabar. Israel não pode prosseguir a sua política genocida, com o respaldo dos EUA, da UE e da NATO que financiam, armam e dão apoio político à máquina de guerra israelita.

A CGTP-IN exige uma posição clara do Estado Português em defesa do direito internacional, que condene a continuada repressão sobre o Povo Palestino e reconheça o Estado da Palestina, com Jerusalém Oriental como capital. 

O povo palestiniano tem direitos. Tem o direito à sua emancipação e autodeterminação. Tem o direito a uma Palestina livre, independente e soberana, com as fronteiras definidas em 1967 e com a capital em Jerusalém Leste, como definido pelo direito internacional. Tem o direito de retorno dos refugiados. Tem direito a viver em Paz.

Expressamos a nossa solidariedade com os trabalhadores e o povo Palestiniano conforme tem sido expresso em diversas manifestações e acções de solidariedade que temos promovido em Portugal. No dia em que assinalamos os 76 anos da Nakba, saudamos o bravo povo palestino, na sua resistência e luta, certos de que Palestina Vencerá!