Numa altura em que a guerra é cada vez mais intensa em diversos pontos do mundo, em que na União Europeia se aposta no militarismo e na continuação dos conflitos, nomeadamente no teste da Europa, em que Israel intensifica o genocídio do povo palestiniano e escala o conflito na região, em que aumentam de forma vertiginosa as tensões na Ásia-Pacífico, a NATO prepara uma cimeira onde procura intensificar a corrida aos armamentos, tentando aprovar a meta dos 5% de gastos com a defesa.

O governo de PSD/CDS já mostrou o seu entusiasmo apresenta no seu programa de governo a proposta de concretizar já este ano a meta dos 2% do PIB para a guerra e a corrida aos armamentos. É a aposta em seguir as orientações de escalada militarista, na promoção da guerra de aumento das tensões e dos confrontos, da lógica e discurso belicista, nomeadamente antecipando o cumprimento da meta de 2% do PIB para a guerra, em detrimento do investimento necessário à saúde, à educação, à habitação, e tendo já em vista a meta dos 5%, que será decidida nesta cimeira. 

O caminho da guerra está na gênese da NATO, da qual Portugal, na altura debaixo de ditadura fascista, foi co-fundador. Uma organização que tem servido os interesses imperialismo norte-americano, e que tem sido a maior fonte de desestabilização, de ingerência e ataque à soberania dos povos. 

O que se impõe é a mobilização de todos os que defendem o caminho da paz, e reforçar as vozes para a exigência da da resolução pacífica e política dos conflitos, do fim das guerras, das sanções e bloqueios, da ingerência. Caminho consagrado na Constituição da República Portuguesa, que preconiza o fim do imperialismo, a não ingerência nos assuntos internos de outros estados, a dissolução de blocos político-militares, como a NATO.

No dia 24 de Junho, no Largo José Saramago em Lisboa, a CGTP-IN, em conjunto com o CPPC, promoverá actos públicos sob o lema “Paz Sim! NATO Não!”, apelando à participação de trabalhadores, delegados e dirigentes sindicais, trazendo as reivindicações e exigências dos trabalhadores e colocando a necessidade urgente deste caminho de paz para os trabalhadores e o povo.

 

Dinis Lourenço

Membro do Conselho Nacional

Área de Relações Internacionais, Solidariedade Internacional e Paz

Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses

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