WT PLAY APRESENTA PROPOSTA PARA O NOVO MODELO DE CARREIRAS E AUMENTOS SALARIAIS PARA 2025
“UMA PROPOSTA INACEITÁVEL”
O STT esteve numa reunião com a WT Play na tarde do dia 6 de Março, onde nos foi apresentada a proposta para o Modelo de Carreiras que pretendem implementar ainda este ano.
Uma sucessão de “boas intenções”, sem quaisquer garantias de evolução profissional, sem níveis para cada função e com um salário mínimo, nalguns casos abaixo dos actuais: Todas as categorias amalgamadas e misturadas em 3 grupos (Gestão, Técnico Operacional e Técnico de suporte), com vencimento mínimo e uma banda salarial em que cada um ganha o que a empresa entende pagar, tudo isto na base da subjetividade e discricionariedade suportada na chamada “Avaliação de Desempenho” que funcionaria como um “obstáculo” que só deixaria passar quem correspondesse aos critérios unilaterais impostos pela empresa.
Este “Modelo de Carreiras”, que na prática fomenta a opacidade na evolução profissional e nos salários, acaba com os automatismos entre outras malfeitorias. A oratória, não só não é nova, como a prática nos tem demonstrado que onde está a ser aplicado só tem gerado desvalorização dos salários.
Na proposta da WT Play o trabalhador pode ficar com o salário de entrada a vida toda, só tendo direito a aumentos salariais gerais se e quando os houver. Tudo o resto é a história de “o burro e a cenoura”. Lembrem-se que os trabalhadores tiveram mais de 10 anos sem aumentos salariais e só quando estiveram Unidos e Lutaram conseguiram desbloquear o congelamento salarial sistêmico.
Em relação ao Caderno Reivindicativo apresentado pelo STT em nome dos trabalhadores, as respostas foram negativas. Não aceitam: o aumento salarial, a implementação do Subsídio de Turno, aumentar o número de dias de férias para 25 dias e o pagamento do passe.
Em relação aos aumentos dos salários, apresentaram uma proposta minimalista e divisionista com retroactivos a Janeiro com o seguinte conteúdo:
- O salário mínimo na WT Play passa para 895 euros (25 euros acima SMN);
- Aumento geral de 2.4% sendo que o máximo será 25 euros para quem já está no topo. Acrescentaram que iam aplicar aumentos diferenciados, em função da avaliação de desempenho que dizem ter feito, o que na prática se traduz em aumentos salariais “à la carte”. O “dividir para reinar” levado ao extremo.
O STT entende que deve haver valorização salarial efetiva, que os aumentos salariais devem ser iguais para TODOS e que em 2025 terá de ser instituído o Subsídio de Turno ou no mínimo um aumento significativo do pagamento do trabalho nocturno. Nas Carreiras não podemos aceitar achatamentos e terá de haver valorização das profissões com garantias de evolução (automatismos com tempos de permanência máximos), é também necessário aumentar o número de níveis actualmente existentes.
Os trabalhadores só conseguirão respostas positivas ao seu Caderno Reivindicativo se preservarem a Unidade que construíram a partir dos seus problemas em concreto.
Fonte: STT
