A falta de comboios na Fertagus para fazer o seu regular serviço em virtude de maior oferta horária, não passa por irem buscar comboios à CP, mas sim por entregar à CP (empresa pública) a operação que a Fertagus está a realizar.

Queremos com isto dizer que quando o Governo do PSD/CDS se prepara para disponibilizar à Fertagus (empresa de gestão privada que presta um serviço público), material circulante por via da CP (empresa pública), está a beneficiar não só o operador privado Fertagus, como também está a prejudicar a empresa pública CP.

Para as estruturas dos trabalhadores é claro que perante a presente intenção de se disponibilizar por via da CP material circulante para a operação da Fertagus, o que entendemos que deve ser realizado é a integração do serviço da Fertagus na CP, de modo a que a empresa pública garanta a oferta da Fertagus pois pelos vistos existe capacidade de gestão do material circulante de forma a corresponder à oferta e a satisfazer o serviço.

O que falta é vontade política para garantir o serviço público de transporte, prestado por uma empresa pública com capacidade de gestão e conhecimento para gerir o transporte ferroviário que habitualmente liga as duas margens com passagem pela Ponte sobre o Tejo.

Fontes:

A Comissão Executiva da União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN

A Fectrans – Federação dos Transportes e Telecomunicações

O SNTSF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário

Fertagus 350