A greve de dia 3 encerrou a quase totalidade das lojas da EDP Comercial, da SU Electricidade e da E-Redes, de norte a sul do País, e teve também grande adesão nos centros de contacto em Seia e Lisboa, constituindo mais uma grande demonstração de força, unidade, coragem e determinação dos trabalhadores, pela valorização dos salários e por melhores condições de trabalho.
5.2.2025

Dando seguimento a este processo reivindicativo, a Fiequimetal, os sindicatos e os trabalhadores decidirão os próximos passos, como se afirma num comunicado de saudação, que a federação divulgou ontem.

Durante a greve, dando-lhe mais força e visibilidade, realizou-se uma concentração de trabalhadores, dirigentes e delegados sindicais, de diferentes distritos, junto das instalações do centro de contacto da EDP em Seia (nas fotos). Ali marcaram presença os coordenadores da Fiequimetal, Rogério Silva, e do SITE Centro-Norte, Justino Pereira.

EDP deve e pode

No centro desta luta, está a exigência de resposta às reivindicações de aumentos salariais de 150 euros, uniformização dos subsídios de refeição, fim das pressões para alcançar objectivos de vendas inatingíveis e fim do assédio constante exercido pelas administrações.

Os trabalhadores sabem que a EDP é a principal responsável pelo actual quadro de relações de trabalho (que assenta em baixos salários e na generalização dos vínculos precários) e também é quem mais dele beneficia, para acumular lucros obscenos.

Da EDP exige-se que defina, junto das empresas prestadoras, regras mínimas sobre pagamento de salários e subsídios de refeição dignos.

Estas matérias foram colocadas às Relações Laborais da EDP, no dia 12 de Dezembro, numa reunião realizada a pedido da Fiequimetal e dos sindicatos nela filiados.

Com a força acrescentada pela greve e com a disponibilidade dos trabalhadores para novas formas de luta, exige-se que as administrações da EDP e das empresas subcontratadas não deixem tudo na mesma e avancem no rumo certo.

20250203EDP prestadoras Seia