Quatro anos após o crime económico do encerramento da Refinaria, não se pode dar mais borlas à GALP e aos seus accionistas, afirma o SITE Norte, reafirmando que os terrenos do complexo petroquímico em Matosinhos têm de servir para uso industrial, para enriquecer e desenvolver o País e os trabalhadores.
O sindicato vai realizar uma concentração, no dia 19, quinta-feira, às 15 horas, junto da portaria da Refinaria da Petrogal, em Matosinhos, com a participação de trabalhadores e dirigentes sindicais, incluindo o secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, e o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva.
Crime económico com quatro anos
Com esta acção, pretende-se relembrar ao poder político, quer autárquico, quer o Governo, que passam agora quatro anos desde o anúncio do maior crime económico e social dos últimos anos no nosso País: o encerramento do complexo petroquímico de Matosinhos.
A decisão foi anunciada pelo ministro do Ambiente do governo PS e porta-voz da GALP, Matos Fernandes, usando o falso argumento da transição energética e escondendo que, na realidade, se tratava de um negócio ruinoso para o País.
O único beneficiário da desgraça foi o então primeiro-ministro, que veio dizer que queria dar uma lição à GALP e acabou como presidente do Conselho Europeu.
O SITE Norte e as ORT da Petrogal defenderam, na altura, que o que estava por trás deste encerramento era uma grande oportunidade de negócio lucrativo para a GALP e os seus accionistas privados.
Alertaram então a Câmara de Matosinhos e o Governo para a gula que suscitavam os terrenos valiosos da Refinaria, quanto ao seu uso em benefício da especulação imobiliária e turística. Hoje alertam novamente, porque o perigo persiste.
Lembraram também que o maior accionista privado da GALP (a família Amorim) nada sabia de petróleo e combustíveis, pois os seus maiores ramos de negócios e fontes de lucro são o imobiliário e o turismo.
O poder autárquico não se deve submeter aos ditames e ganância dos actuais «donos disto tudo».
Os trabalhadores e as suas organizações estiveram sempre contra o encerramento da Refinaria, no tempo, no modo e na forma.
Nesta acção, vai-se continuar a reforçar a ideia de que o País precisa de indústria.
O País ficou mais pobre, mais submisso, com menos soberania energética. A ganância dos accionistas privados da GALP levou ao desemprego de milhares de trabalhadores directos e indirectos. Foi para servir esses interesses que decidiram empobrecer o concelho, a região e o País, acusa-se no comunicado do SITE Norte, a anunciar a concentração.
Fonte Fiequimetal
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