Na última reunião de negociações, a associação patronal (APCOR) apresentou uma proposta de 36 euros de aumento salarial.
Esta posição patronal é inadmissível desde logo porque:
• As exportações de cortiça no Grupo Amorim atingiram um recorde de 670,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2023;
• Os lucros da Corticeira Amorim chegaram aos 88,9 milhões de euros em 2023;
• Os dividendos distribuídos aos accionistas em Abril deste ano foram 26,6 milhões de euros.
Falam muito de inovação mas continuam a apostar na exploração!
Este patronato que se vangloria de querer ter salários acima do salário mínimo nacional (SMN), é o mesmo que agora tem uma proposta de 36 euros, muito abaixo dos 60 euros de actualização do SMN.
E numa clara desconsideração para com os trabalhadores, ainda declaram que aquele “é o aumento que o sector considera justo e equilibrado para não comprometer o futuro do mesmo”.
Há anos atrás promoveram a discriminação salarial entre mulheres e homens. Agora querem empurrar os trabalhadores do sector para o salário mínimo nacional.
Esta é uma situação inaceitável!
Os trabalhadores exigem respeito e aumentos salariais compatíveis com os lucros que o sector tem.
Por isso, se na próxima reunião de 9 de Julho, o patronato não alterar significativamente a sua posição será o único responsável pela conflitualidade que se verificar!
Fonte: Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro