Os trabalhadores do SUCH estiveram ontem em greve a nível nacional, verificando-se uma grande adesão com impacto maior nas regiões Norte e Centro, onde estão a ser garantidos apenas os serviços mínimos.
Os trabalhadores aprovaram a seguinte
Moção
APROVADA PELOS TRABALHADORES DO SUCH, EM GREVE, CONCENTRADOS FRENTE AO HOSPITAL DE SÃO JOÃO NO PORTO
Considerando que:
• Os salários praticados no SUCH são muito baixos, mais de 90% dos trabalhadores recebem praticamente o Salário Mínimo Nacional;
• O SUCH decidiu unilateralmente proceder a aumentos salariais, mas o aumento dado é manifestamente insuficiente, face ao aumento dos preços de bens essenciais, das rendas de casa e das prestações bancárias de habitação;
• O SUCH recusou todas as propostas sindicais de melhoria do Acordo de Empresa e de melhorias das condições de vida e de trabalho;
• O SUCH apresentou, pela primeira vez, propostas de desregulamentação dos horários, de adaptabilidade de horário, banco de horas e horários concentrados de 12 horas diárias, entre outras propostas gravosas para os trabalhadores;
• O SUCH pertence aos hospitais públicos onde vigora o regime de 35 horas semanais, mas o SUCH recusa este regime e outros benefícios que são direitos dos trabalhadores da administração pública;
• A administração do SUCH manteve uma posição de grande intransigência e inflexibilidade desde o início das negociações de revisão do Acordo de Empresa para 2024.
Assim, os trabalhadores do SUCH em greve, concentrados frente à porta do Hospital de São João, no Porto, no dia 22 de abril de 2024, exigem:
1. Aumentos salariais dignos;
2. Atribuição do subsídio de risco a todos os trabalhadores;
3. Atualização justa do subsídio de refeição;
4. Redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais;
5. 25 dias úteis de férias para todos;
6. Regime de diuturnidades que valorize a antiguidade;
7. Valorização do trabalho ao fim de semana;
8. Salvaguarda dos direitos adquiridos;
9. Retirada da proposta de adaptabilidade, bando de horas e de horários concentrados;
10. Negociação imediata do Acordo de Empresa sem perda de direitos
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte