Os trabalhadores da Sacopor, no Carregado (Alenquer), estão hoje em greve, com fortes índices de adesão, e concentraram-se esta manhã em frente à fábrica de sacos para cimentos e argamassas. No Grupo Cimpor as greves decorrem desde terça-feira, dia 16.
A produção parou no turno da noite, como informou o SITE CSRA, e no turno da manhã a adesão à greve foi de 75 por cento.
Perante a resposta de luta hoje dada, mais se justifica que, como defendeu a Comissão Sindical do SITE CSRA, a administração analise e proponha soluções que satisfaçam as justas reivindicações dos trabalhadores.
Apesar de a Sacopor pertencer ao Grupo Cimpor, os trabalhadores têm sentido, ao longo dos anos, um tratamento desigual e mais desfavorável, a nível de salários, diuturnidades e direitos em geral.
Exige-se a igualdade de tratamento e a melhoria das condições remuneratórias, um compromisso que a empresa assumiu em 2018 e que até ao momento não cumpriu.
Os trabalhadores necessitam e os resultados económicos da Sacopor permitem que a administração tome outro caminho no plano da valorização dos salários e direitos, bem como na criação de condições iguais às que vigoram na Cimpor (empresa-mãe). Para isso, exige-se:
- Aumentos salariais de 200 euros para todos;
- Aplicação na Sacopor do plano de diuturnidades, equiparado aos trabalhadores das cimenteiras;
- Reposição do meio dia de Páscoa e do dia de passagem de ano.
A greve de hoje está a dar muita força a estas reivindicações, reforçando igualmente a luta em curso a nível do Grupo Cimpor, com muito forte adesão, e que prossegue até amanhã de manhã.
As administrações têm de ouvir, entender e responder bem à mensagem dada pelos trabalhadores com estas greves.