Só a unidade dos trabalhadores, patente na greve ao trabalho suplementar e na grande concentração de 24 de Janeiro, foi capaz de forçar a administração da EDP a começar a negociar a Carta Reivindicativa apresentada em Outubro. Mas não basta.
Realizou-se finalmente, na quarta-feira, dia 7, a primeira reunião que teve como objectivo principal negociar as matérias daquela Carta Reivindicativa.
Mas a proposta apresentada pela administração precisa de conter uma solução para o pagamento das anuidades (antiguidade) aos trabalhadores que não as recebem.
A comissão negociadora da Fiequimetal, num comunicado emitido ontem, em que divulga a proposta patronal apresentada na reunião, recusa negociar apenas para alguns.
A proposta patronal deixa de fora os trabalhadores oriundos do ACT 2000 (que só ganhariam os pontos sobrantes) e todos os que não tiverem três ou quatro pontos para progredirem.
Só depois de resolvida esta exclusão, a proposta da administração poderá ser colocada à apreciação dos trabalhadores.
Novas reuniões
A administração comunicou que anulou a reunião que pedira à DGERT (Ministério do Trabalho) e que fora marcada para hoje, dia 9.
Para negociar com os sindicatos, ficaram marcadas reuniões para dias 27, 28 e 29, sobre a Carta Reivindicativa e, depois, sobre a tabela salarial para 2024.