A necessidade de intensificar a luta pelos direitos dos trabalhadores das empresas do Grupo EDP foi sublinhada pela Comissão Negociadora Sindical da Fiequimetal, perante a tentativa patronal de desviar as atenções da exigência de valorização profissional.

A Fiequimetal apresentou pré-aviso de greve ao trabalho suplementar para o período entre 2 e 31 de Janeiro.

Na reunião de negociação, dia 13, os representantes da administração voltaram a não apresentar propostas relativamente às reivindicações que estão colocadas.

Para a Comissão Negociadora Sindical da Fiequimetal, isto comprovou como a administração, de reunião em reunião, vai demonstrando o seu incómodo com o tema da valorização profissional dos trabalhadores.

Ao insistir em que se trate da tabela salarial, a administração continua a não assumir as suas responsabilidades no problema das admissões recentes em BR (bases remuneratórias) superiores às de trabalhadores com mais anos de experiência, mas que têm tido as suas carreiras estagnadas.

A administração não pode vir agora, à pressa, agitar a tabela salarial (propondo valor de aumento somente à BR2, deixando as restantes em incógnita) e o protocolo de carreiras, para recusar a exigência dos trabalhadores.

É esta exigência - valorização das carreiras profissionais e da antiguidade, reposição da justiça laboral - que motiva o prolongamento, por todo o mês de Janeiro, da greve iniciada a 1 de Dezembro.

Em concreto, reivindica-se da EDP:

— Atribuição de duas BR aos trabalhadores abrangidos pelo ACT 2014 e que não tenham sido admitidos acima da BR de entrada do nível respectivo;

— Atribuição de uma BR aos trabalhadores provenientes do ACT 2000;

— Atribuição da remuneração por antiguidade a todos os trabalhadores que a não recebem.

Fonte: FIEQUIMETAL