Apesar das denúncias e protestos do sindicato e dos trabalhadores, a Santa Casa da Misericórdia de Chaves mantém vários trabalhadores classificados como auxiliares de serviços gerais quando os trabalhadores exercem há muitos anos as funções próprias de ajudantes de ação direta. Há também trabalhadores classificados como ajudantes de cozinheiro, mas exercem há muitos anos as funções de cozinheiro. No ano passado a instituição reclassificou alguns trabalhadores, mas poucos, e, mesmo estes, não lhes deu a categoria correta, pois classificou-os como ajudantes de ação direta de 3.ª e deveria ter classificado como 1.ª.
A instituição não está a cumprir a tabela salarial em vigor para o ano de 2023.
As escalas de horário são feitas de novo todos os meses ilegalmente e são alteradas 3 ou 4 vezes no mês, sem acordo ou sequer consulta dos trabalhadores, não têm folgas seguidas, não garantem 2 dias de descanso semanal, pondo em causa o direito à conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar. Os trabalhadores nunca sabem que horário vão cumprir, são um joguete nas mãos dos responsáveis da instituição.
Há falta de condições de saúde no trabalho nos diversos serviços, inclusive, a alimentação passa pela roupa suja.
Há trabalhadores sem ocupação efetiva, designadamente encarregadas, o que é ilegal.
Há trabalhadores discriminados na carreira profissional e nas promoções.
O sindicato já pediu intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho há dois anos, mas esta entidade não atuou devidamente.
Também já decorreram reuniões no Ministério do Trabalho, a instituição comprometeu-se a regularizar, mas depois não regularizou praticamente nada.
A instituição alega sempre a falta de dinheiro, mas vai abrir outro lar novo à custa da exploração e dos direitos dos trabalhadores.
O sindicato já chamou novamente a Misericórdia de Chaves ao Ministério do Trabalho.
Fonte Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte