AÇÕES DE DENUNCIA PUBLICA DA SITUAÇÃO DAS CANTINAS PROSSEGUEM
Contrato não é revisto há 20 anos
As empresas das cantinas, refeitórios e bares concessionados pagam salários muito baixos. A esmagadora maioria dos trabalhadores recebem apenas o Salário Mínimo Nacional (SMN).
As empresas e a associação patronal AHRESP têm usado a UGT para impôr aos trabalhadores esta política de baixos salários.
Na última tabela salarial assinada pelos sindicatos de classe da CGTP-IN em 2003, as empregadas de refeitório recebiam acima do SMN 76,90€ e agora recebem apenas 2€, as cozinheiras de 3.ª recebiam acima do SMN 123€ e agora recebem apenas 42€ e as cozinheiras de 2.º recebiam acima do SMN 161,90€ e agora recebem apenas 88€.
Além disso, todos os anos, as empresas e a associação patronal insistem nas suas propostas para retirar direitos dos trabalhadores em troca dos miseráveis aumentos que oferecem: querem reduzir o subsídio noturno; reduzir o valor do trabalho prestado em dia feriado, em dia de folga e trabalho suplementar; querem impôr bancos de horas e horários concentrados; querem acabar com o quadro de densidades, ou seja querem acabar com os direitos dos trabalhadores
Os sindicatos de classe da CGTP-IN têm resistido a esta ofensiva aos direitos dos trabalhadores ao longo destes 20 anos e, para comemorar a data, realiza-se uma greve no dia 24 de novembro a nível nacional, com concentração de protesto em Lisboa, na sede da associação patronal AHRESP, na defesa dos direitos e por melhores salários.
Entretanto, o sindicato está a realizar ações publicas de denúncia e protesto.
Ontem realizaram-se ações na Super Bock, Efacec, Salvador Caetano, RAR e Hospital Santo António e hoje à porta dos hospitais da Prelada e Santos Silva.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte