Iniciaram-se acções de formação sindical, abrangendo dezenas de representantes dos trabalhadores, muitos deles eleitos recentemente, no âmbito do SITE CSRA e do SITE Sul, reforçando a capacidade de intervenção dos sindicatos nos locais de trabalho.
Em Lisboa, a acção iniciada a 21 de Setembro contou com 24 representantes dos trabalhadores, organizados no SITE CSRA. Durante os próximos meses serão agendadas mais acções, para dar continuidade ao restantes módulos da formação.
Em Setúbal, duas dezenas de delegados sindicais do SITE Sul, eleitos recentemente em várias empresas, participaram na acção realizada dia 18.
A formação sindical historicamente tem tido um papel importante e estratégico na construção colectiva da concepção sindical, de uma cultura de classe e da identidade da classe trabalhadora:
— Trabalha com o resgate da trajetória dos trabalhadores e do seu papel, enquanto agentes de transformação da sociedade;
— Cria as condições para que os trabalhadores possam questionar e teorizar, a partir da apropriação do seu conhecimento acumulado e da sua própria prática.
Instrumento capaz de, quotidianamente, aumentar o potencial e a qualidade de intervenção dos sindicatos na sociedade, a formação sindical que defendemos e fazemos tem como princípios:
— despertar a consciência de classe e a percepção da importância da unidade para a luta sindical;
— ser feita pelos próprios trabalhadores (não pode ser feita por terceiros);
— ter como referência as resoluções definidas na CGTP-IN e nos próprios sindicatos;
— ser um processo contínuo e permanente;
— ser objeto de sistematização, contribuindo para a reflexão sobre a organização e a luta sindical;
— contribuir para que os trabalhadores se percebam como sujeitos da história, capazes de analisar a realidade e elaborar propostas para a sua transformação;
— valorizar e incentivar a solidariedade, a integração social e a luta pela igualdade de direitos e o respeito por todos sem distinções.
Em suma, a formação sindical visa desenvolver a emancipação política, social e humana das trabalhadoras e dos trabalhadores, tanto para as relações de trabalho e no trabalho, como nas relações sociais, em geral.