A multinacional Eurest, Ld.ª explora o serviço de refeições das cantinas escolares do município do Porto. Há três anos, a empresa tinha praticamente todos os trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário.
Na sequência dos protestos, greves e reclamações feitas, a Eurest passou a contratar diretamente a maioria dos trabalhadores. Contudo, continuou a fazer contratos a termo certo à esmagadora maioria, pois poucos são os efetivos, apesar de trabalharem, muitos deles, há 20 ou mais anos na mesma cantina de setembro de um ano a julho do ano seguinte.
Neste ano letivo, a Eurest mandou uma carta de caducidade do contrato a termo no dia 5 de junho, com efeitos a 30 de junho, a cerca de 20 trabalhadores. Contudo, estes trabalhadores continuaram ao serviço.
Por terem continuado ao serviço depois do dia 30 de junho, os trabalhadores passaram ao quadro da Eurest nos termos legais, com contrato sem termo.
No dia 10 de julho a empresa mandou outra carta de caducidade de um contrato que não existia, com efeitos a 31 de julho. O sindicato protestou junto da empresa e chamou a atenção que os trabalhadores já eram efetivos na empresa.
No dia seguinte, três encarregados da Eurest andaram nas cantinas a pressionar, coagir e manipular os trabalhadores para assinarem uma adenda ao contrato de trabalho que vigorou até junho, tentando enganar os trabalhadores.
Alertados pelo sindicato, os trabalhadores recusaram assinar a dia agenda exceto dois que não estavam avisados.
A empresa, deitou a “toalha ao chão” e mandou uma comunicação aos trabalhadores a dizer que estavam efetivos.
Agora, numa atitude de chantagem e de nova pressão sobre os trabalhadores, a empresa mandou-lhes uma carta de transferência de local de trabalho para o IPO, cantina para onde a empresa manda todos os trabalhadores quando lhes quer aplicar um castigo, ignorando o horário que os trabalhadores têm e as funções profissionais, além das férias dos trabalhadores já marcadas.
Estamos perante muitos atropelos às leis e direitos destes trabalhadores.
O sindicato realiza dia 26 do corrente, pelas 16:30 horas, uma reunião com estes trabalhadores na sede do sindicato para analisar a situação e decidir as medidas a tomar.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte