A greve dos trabalhadores da Solverde do Hotel Casino de Chaves, obrigou a empresa a cancelar um torneio de poker previsto para Domingo.
A greve teve uma grande adesão. As bancas de jogo estiveram encerradas.
Estes trabalhadores já realizaram 22 dias de greve e prometem continuar até que a empresa reconsidere a sua posição de recusa ao diálogo e aceite negociar as reivindicações dos trabalhadores.
Recorde-se que a Solverde paga o Salário Mínimo Nacional à esmagadora maioria dos trabalhadores e, ao contrário de outras concessionárias de jogo, não paga subsídio noturno nem subsídio de turno aos trabalhadores do jogo que trabalham por turnos.
A título de exemplo, a empresa paga aos trabalhadores do bar do casino um acréscimo salarial de 50% referente trabalho noturno. por força da existência da contratação coletiva, mas não paga aos trabalhadores do jogo, por ausência da contratação coletiva.
Os trabalhadores estão em luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, designadamente por:
1 – Aumentos salariais justos e dignos para todos os trabalhadores;
2 – Atualização do valor das diuturnidades;
3 – Atualização do valor do subsídio de alimentação;
4 – Criação de um subsídio de turno para os trabalhadores da área do jogo;
5 – Atualização do prémio de línguas;
6 – Atualização do abono de falhas;
7 – Redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais;
8 – 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores;
9 - Valorização das carreiras profissionais;
10 – Respeito pelos direitos dos trabalhadores;
11 – Direito ao diálogo e à negociação;
13 - Celebração de um Acordo de Empresa.
O Governo também não está isento de culpas, pois ainda não deu despacho ao requerimento de arbitragem do Acordo Coletivo de Trabalho do jogo feito pela FESAHT há mais de seis anos.
Porto, 23 de julho de 2023
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte