Na reunião negocial de 31 de Maio, as propostas da administração da EDP sobre progressões na carreira, reformas e pré-reformas levaram a Comissão Negociadora da Fiequimetal a manifestar indignação.
Mês e meio depois da data inicialmente marcada e que foi duas vezes adiada pela parte patronal, esta veio demonstrar que pretende apenas retirar direitos aos trabalhadores, ao propor a redução do direito à pré-reforma.
O mesmo sucede, quando vem mascarar a retirada das progressões, nas bases superiores das diversas carreiras, da dependência directa de avaliação, passando-as para a dependência de um hipotético acto de gestão.
Na verdade, passar a progressão de 6 para 4 pontos, nas BR 1 a 4 e nas letras A2 a B, em 2024, e passar de 6 pontos para 5, nas BR 5 a 8 e nas letras C a F, em 2028, não compensa a perda da evolução nas BR acima da 13 e nas letras acima da K.
Este é, como se afirma num comunicado da CNS/Fiequimetal, um caso típico de tirar muito a uns trabalhadores para dar umas migalhas a outros. Só nunca tiram nada é aos accionistas, antes pelo contrário, a exploração é cada vez mais intensa.
Enquanto a sociedade evolui, o Grupo EDP retrocede na compensação do trabalho prestado pelos seus trabalhadores, acusa a CNS, contrapondo: o que se impõe é a garantia de melhores condições de trabalho, e não uma nova retirada de mais direitos.