A Fiequimetal está solidária com a luta dos trabalhadores das refinarias de petróleo dos grupos TotalEnergies e Esso-ExxonMobil pelo aumento dos salários, que dura há mais de 23 dias.
Numa mensagem enviada ontem à Federação Nacional das Indústrias Químicas, da CGT, classifica-se como inaceitável o facto de aqueles dois grupos apresentarem lucros recorde, na ordem dos 10,5 mil milhões de dólares (USD), só no primeiro semestre deste ano, enquanto os trabalhadores perdem poder de compra a cada dia que passa.
Os trabalhadores em greve lutam por aumentos salariais que compensem o brutal aumento da inflação e por uma equitativa distribuição da riqueza criada por quem trabalha.
Tal como outros governos europeus, o governo francês está ao lado do patronato, limitando-se a distribuir pontualmente pequenas migalhas aos mais pobres e não tomando medidas de fundo para repor o poder de compra dos trabalhadores. Isto, enquanto as 40 maiores empresas francesas viram os seus lucros aumentarem 24% só no primeiro semestre deste ano. Assim não pode ser!
O governo francês, contrariando as orientações da Organização Internacional do Trabalho, recorre à «requisição» forçada, em clara violação do direito à greve.
Os trabalhadores de outros sectores de actividade, em unidade com os trabalhadores das refinarias, estão também a reivindicar aumento dos salários, luta essa que terá expressão com a realização de um dia de greve em todo o território francês, no próximo dia 18.