Com quase quatro milhões de euros de lucro no ano passado, a SECIL-Cimentos "oferece" um por cento de aumento salarial aos trabalhadores para 2020.
Reunidos ontem em plenário, os trabalhadores da SECIL recusaram a "irrisória e inaceitável" contra-proposta da empresa às suas reivindicações, recordando os anos sem aumentos salariais, seguidos de um acordo, no triénio 2017 - 2019, que não foi além da inflação registada.
Tendo SECIL-Cimentos obtido cerca de 3.900.000,00€ (três milhões e novecentos mil euros) de resultado líquido positivo,em 2018, segundo dados conhecidos, os trabalhadores não puderam deixar de olhar para a contra-proposta como uma afronta à sua dignidade. Exortam a empresa a alterar a sua postura neste processo negocial, que não tem em conta a riqueza criada pelos trabalhadores e não responde à necessidade de valorização do seu trabalho.
Face a esta situação, os trabalhadores presentes no plenário decidiram por unanimidade manter as suas propostas reivindicativas para 2020 – entre outras o aumento de 90 euros mensais dos salários actualmente praticados – e realizar novo plenário no dia 13 de Dezembro, para analisar as conclusões da reunião negocial que decorrerá entretanto, bem como decidir formas de acção e lutas futuras, em defesa dos salários, empregos e direitos.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e Regiões Autónomas.