STAL exige apuramento de responsabilidades
Entre as 09h00 da manhã do passado sábado, 17, e o final da tarde de segunda-feira, 19, dois acidentes de trabalho ceifaram a vida de três trabalhadores da Administração Local, ficando um quarto trabalhador com ferimentos ligeiros.
No sábado, três trabalhadores da Câmara Municipal de Castro Marim tinham iniciado o seu turno na recolha e transporte de resíduos sólidos há pouco mais de uma hora, quando o camião em que seguiam se despistou numa zona isolada da Estrada Nacional 122, a caminho de Odeleite, Concelho de Castro Marim, caindo numa ribanceira.
Apesar de um dos trabalhadores ter conseguido sair do camião levemente ferido e ter percorrido cerca de dois quilómetros até conseguir pedir ajuda, esta ajuda, por rápida que possa ter sido, não conseguiu salvar as vidas dos dois trabalhadores que permaneceram no camião (com 60 e com 45 anos de idade), um dos quais teve morte imediata.
Estes trabalhadores seguiam numa viatura alugada pela autarquia, sendo ainda desconhecidas as causas do acidente.
Já ao final da tarde de segunda-feira, um trabalhador da Câmara Municipal de Lajes do Pico, perdeu a vida em Terra da Cova, freguesia da Ribeirinha, ao ser atingido por um cabo de aço quando participava na reparação da bomba de elevação do furo RP2, que abastece de água esta freguesia e algumas zonas da freguesia da Piedade.
Desconhecendo-se as causas do acidente, este está já sob alçada das instâncias judiciais, ao mesmo tempo que corre um processo de averiguação instaurado pela autarquia.
Melhorar as condições de segurança
Na sua reunião de ontem, 22, a Direcção Nacional do STAL aprovou um voto de pesar, em que expressa sentidas condolências e manifesta solidariedade aos familiares e amigos dos trabalhadores falecidos, bem como ao único sobrevivente do acidente de Castro Marim.
Exigindo o apuramento de responsabilidades nestes dois acidentes, o STAL reafirma o compromisso de continuar a lutar pelo direito à prestação efectiva de cuidados de segurança e saúde no trabalho; pela tão almejada regulamentação do suplemento de insalubridade, penosidade e risco; por uma efectiva intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho e pela melhoria contínua das condições em que milhares de homens e mulheres prestam um serviço público que se quer de qualidade e proximidade, pela sua valorização e dignificação.