Com a adesão da grande maioria, os trabalhadores da AveiroBus, empresa do grupo francês Transdev, estão em greve durante todo o dia de hoje, que assim, mais uma vez, num quadro de forte unidade e organização, reclamam da administração que cumpra a lei do País e melhore as condições de vida e trabalho.Estes são trabalhadores a quem a empresa, no acto de admissão obrigou a que os mesmos aceitassem uma amplitude de 12 horas de disponibilidade para no final do dia apenas receberem 8 horas, ou era isto ou não seriam admitidos, passando a definitivo, regras que apenas deveriam ser equacionadas como excepção, sem que o trabalhador esteja pressionado para a aceitar.
Com esta greve os trabalhadores exigem que seja cumprido o CCTV do sector e o Código do Trabalho que obriga que, no mínimo entre dois períodos de trabalho, haja um intervalo de 11 horas, o que nesta empresa é uma raridade, o que põe em causa a saúde de quem trabalha e a segurança do serviço prestado.
Estas situações foram colocadas à ACT de Aveiro no dia 18 de Maio, sem que se conheça qualquer relatório da mesma sobre estes problemas e, por isso, hoje, novamente, após o plenário realizado à porta da empresa, que contou com a presença do Secretário-Geral da CGTP-IN, os trabalhadores se deslocaram à ACT para renovarem as queixas anteriormente apresentadas.
Perante a ausência de intervenção iremos apresentar estes assuntos numa exposição aos grupos parlamentares da Assembleia da República, a exigir que em Portugal as empresas cumpram as leis do País.
A marcação de novas lutas estão em aberto porque os trabalhadores não abdicam de lutarem pela melhoria das condições salariais, de vida e trabalho.
Fonte: FECTRANS