Ao longo dos seus 50 anos, a CGTP-IN tem sido portadora das reivindicações e aspirações da juventude trabalhadora, consubstanciando-as na acção reivindicativa nos locais de trabalho e nas empresas e nas lutas mais gerais de todos os trabalhadores.
A Interjovem, organização específica de juventude da CGTP-IN, dinamiza a sua acção a partir das reivindicações que emanam do contacto, da acção e da luta dos jovens, integrados nos seus sindicatos de classe, nos seus locais de trabalho.
Hoje, na sequência de décadas de política de direita, os jovens são os principais prejudicados pela manutenção de uma política de baixos salários, de trabalho precário e sem direitos, de chantagem, repressão e assédio, de horários longos e desregulados e empobrecimento.
O brutal aumento dos custos com a habitação, os problemas dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, as dificuldades em articular a vida profissional com a vida pessoal e familiar e o não reconhecimento laboral das suas habilitações, qualificações e competências são, entre outros, elementos que atentam contra as aspirações e os sonhos dos jovens trabalhadores. Uma política que leva muitos deles a emigrar para encontrar no estrangeiro aquilo que lhes é negado em Portugal, com consequências negativas, nomeadamente para o seu futuro, a demografia e o desenvolvimento económico e social.
O país para avançar precisa de valorizar os trabalhadores em geral e os jovens em particular.
Os jovens trabalhadores têm de tomar nas suas mãos a luta por um Portugal mais justo, fraterno e solidário, onde possam trabalhar, viver e ser felizes.
Neste sentido, o XIV Congresso da CGTP-IN decide:
Dinamizar e revitalizar as comissões de jovens trabalhadores em todas as estruturas do movimento sindical - sindicatos, federações e uniões -, visando uma mais envolvente acção e luta reivindicativa desta camada específica de trabalhadores;
Impulsionar a sua integração na luta mais geral, priorizando a exigência da passagem ao quadro de efectivos de todos os que ocupam postos de trabalho permanentes, o aumento geral dos seus salários, o exercício de todos os direitos legais e contratuais, a redução do período normal de trabalho e o combate à sua desregulação;
Contribuir para a renovação, o rejuvenescimento e o reforço de todas as estruturas da CGTP-IN e do MSU que ela corporiza e, assim, garantir o futuro;
Mobilizar para uma grande Manifestação de jovens trabalhadores no dia 26 de Março em Lisboa, envolvendo na sua preparação os jovens delegados e dirigentes sindicais mas também todos os outros activistas, numa demonstração clara da sua vontade de lutar para mudar o presente e assegurar um futuro melhor para a juventude trabalhadora.
Seixal, 14 e 15 de Fevereiro de 2020
O XIV CONGRESSO DA CGTP-IN