imVagesO CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal teve conhecimento de que a empresa Teleperformance Portugal, depois do anunciado aumento do salário mínimo nacional (S.M.N.), e apesar desse aumento ser residual e representar um aumento inferior a 1 euro por dia, decidiu retirar uma boa parte do prémio de assiduidade aos seus trabalhadores.
FONTE: CESP

Não podemos deixar de denunciar publicamente a atitude da empresa perante esta situação.

A multinacional, que se diz orgulhosa de receber prémios de "melhor empresa para se trabalhar" e que de ano para ano vê os seus lucros aumentar milhões e milhões, volta novamente a deixar "cair" a máscara e a mostrar o desrespeito que tem pela vida dos seus trabalhadores.

● É inaceitável que uma empresa (líder mundial em call-centers) pague aos trabalhadores o salário mínimo nacional. E ainda mais vergonhoso é que, perante o aumento do mesmo, roube por outra via aos trabalhadores.

● O desrespeito pela lei é tal, que discriminam trabalhadores não lhes pagando o prémio de assiduidade.

● A precariedade dos vínculos continua a ser mais uma "praga" na empresa. Sistematicamente a empresa continua a recorrer a agências de trabalho temporário para contratar trabalhadores para exercer funções permanentes.

● É ilegal que os trabalhadores sejam despedidos quando a empresa perde um cliente, quando depois angaria outro.

Aliás, a Teleperformance Portugal, mesmo quando perde um cliente, precisa dos trabalhadores que lhes estejam afectos, porque faz contratos com outros clientes.

● Continua a não respeitar os direitos mais básicos, tais como, condições de higiene, pausas, férias, horários humanizados, etc.

Se a empresa tem crescido, com grandes prémios e milhões de lucro, é devido ao empenho e profissionalismo dos trabalhadores e por isso, a Teleperformance Portugal tem que mostrar maior respeito a quem todos os dias trabalha e garante os bons resultados.

Porque, hoje, na Teleperformance Portugal ganha-se mal, não existem condições de trabalho, a instabilidade laboral persiste e o ambiente é pesado e de grande repressão.

O tempo e a experiência dos trabalhadores demonstrarão que o caminho passa pela sua organização no sindicato de classe, na defesa dos seus direitos e aspirações, designadamente pelo aumento geral dos salários, melhoria das condições de trabalho e dos horários.