guerra naoO acto público realizado em Lisboa, no Largo de Camões, decorreu debaixo de chuva e de críticas à guerra, às sanções, e aos que se aproveitam para enriquecer vendendo armamento ou que se militarizam a pretexto da guerra.

A iniciativa aconteceu também noutros pontos do país, com os manifestantes em Lisboa a empunharem bandeiras azuis ou brancas, com uma pomba desenhada e com a palavra "paz". "Parar a guerra dar uma oportunidade à paz" sobressaiu na acção, marcada por vários discursos, como o de João Coelho, da CGTP-IN, que condenou os "falcões da guerra" que na Europa se reúnem para aumentar o armamento e os que estão agora a enriquecer vendendo mais armas.

10.03.2022

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A CGTP-IN expressa a sua solidariedade com os trabalhadores e os povos vítimas da guerra, em particular com os da Ucrânia.

A CGTP-IN sempre pautou a sua acção pela defesa da Paz e de condenação da Guerra, reafirmando que é necessário parar a guerra e dar uma oportunidade à paz.

Apelamos a um caminho de diálogo que construa uma solução pacífica para o conflito. A guerra não é solução, e a nossa preocupação está com os trabalhadores e o povo da Ucrânia e de todos os países, os primeiros e principais afectados pela guerra e a destruição.

Consideramos que a defesa da paz exige o combate ao militarismo e à corrida armamentista, privilegiando uma solução pacífica, com o estabelecimento de acordos e mecanismos de diálogo assente na confiança mútua, na cooperação e na segurança dos países e povos da Europa, sendo por isso urgente pôr fim à escalada bélica em curso.

A imposição de sanções não pára a guerra e tem consequências nefastas para os trabalhadores e o povo, tanto dos países atingidos como de outros. A aplicação de sanções a países como o Iraque demonstram esses impactos e a degradação das condições de vida que provocou, bem como as consequências que trouxe para outros países, o que exige a que se tomem desde já medidas que combatam os ataques aos direitos e que coloquem em causa as condições de vida dos trabalhadores.

A CGTP-IN afirma que é necessário garantir todo o apoio aos refugiados, combatendo todas as demonstrações de racismo e xenofobia e reforça a necessidade de se prestar apoio humanitário para fazer frente às dificuldades que as populações estão a sofrer, na Ucrânia e países vizinhos.

Expressamos uma vez mais a solidariedade com os povos vítimas de guerra, em particular o povo e os trabalhadores da Ucrânia, mas também da Palestina e do Saara Ocidental, do Iémen, da Somália, da Síria e do Afeganistão, sublinhando que o caminho da paz deve ser construído no respeito pelo direito internacional e no quadro da ONU.

Apelamos à participação nas acções de solidariedade e de luta pela paz que se vão desenvolver, em particular as iniciativas dinamizadas pelo CPPC no dia 10 de Março:
- no Porto, às 18h, na Rua de Santa Catarina, junto à estação de metro; (cartaz)
- em Lisboa, às 18h30, no Largo de Camões; (cartaz)
- em Évora, às 18h, no Largo de Camões; (cartaz)
- em Santarém, às 18h, vigília junto ao W Shoping (cartaz)
- em Couço, 17.30h, no Jardim 25 de Abril; (cartaz)
- em Viseu, 17h, no Rossio. (cartaz)

INT/CGTP-IN
08.03.2022parar a guerra