A coincidir com o dia de luta convocado pela CGTP-IN, que terá expressão na manifestação nacional em Lisboa, a partir das 15 horas, os trabalhadores da Sofarimex e da Faurécia estão em greve hoje, 7 de Julho.

Na Sofarimex - empresa do Grupo Azevedos, com instalações no Alto de Colaride (Cacém, concelho de Sintra) - os trabalhadores reafirmaram a decisão tomada em plenário, no dia 23 de Junho, e fazem uma greve de 24 horas, por um aumento real dos salários, pela correcção das diferenças salariais entre as diversas categorias profissionais e por uma negociação efectiva e séria.

A luta foi decidida como resposta à administração da fábrica de medicamentos, pela forma como tem tratado as questões reivindicativas, nomeadamente pelas suas propostas no plano dos salários e da melhoria das condições de trabalho.

Esta é uma situação que se prolonga no tempo e cuja resolução urge. A pretexto da COVID-19, nos últimos dois anos, os patrões continuarem a empurrar com a barriga as questões dos salários, das categorias e condições trabalho - situação que se arrasta há uma década.

Esta administração já demonstrou que só reage perante a movimentação dos trabalhadores. Depois do aviso dado em Abril, a greve de amanhã pretende afirmar o total desacordo dos trabalhadores face à forma como a empresa respondeu aos salários deste ano e tem respondido aos salários de anos anteriores, desvalorizando os trabalhadores e a sua profissão.

Tudo isto se faz à conta dos infortúnios e desgraça de quem vive do seu trabalho. Primeiro era a COVID, agora a guerra, as sanções e as suas consequências.

A verdade é que a Sofarimex, líder no sector, apresenta resultados líquidos positivos nos exercícios de 2019, 2020 e 2021, na ordem dos milhões de euros, resultado do esforço e dedicação dos trabalhadores.

Faurécia Escapes

Em Bragança, os trabalhadores da Faurécia – Sistemas de Escape Portugal, organizados no SITE Norte, vão realizar amanhã uma concentração, em greve, a partir das 8h00, em frente às instalações da empresa, na Estrada do Aeroporto, pelo direito à greve e por melhores salários e condições de trabalho.

Fonte: Fiequimetal