SITAVA O boato e a calúnia são a arma dos fracosPassadas mais de duas semanas sobre o doloroso momento em que o SITAVA se viu perante a circunstância de ter que optar entre assinar um Contrato Temporário de Emergência, ou não o fazer e sujeitar os seus associados à aplicação de um  regime sucedâneo, estamos todos em muito melhores condições para, serenamente, avaliarmos a decisão tomada.

Dissemo-lo antes e reafirmamo-lo agora, que quando se faz um acordo em que os trabalhadores são violentados com corte nos seus rendimentos nunca é uma vitória nem para a empresa, como alguns, erradamente, continuam a propalar.

Vivemos hoje, todos nós, um dos momentos mais difíceis das nossas vidas. E também todos nós temos que, diariamente, nos reinventarmos e encararmos uma realidade para a qual nada contribuímos, mas que nos atinge brutalmente transformando drasticamente as nossas vidas e a das nossas famílias.

Passados estes dias, todos fazemos contas às contas das nossas vidas, e procuramos também as respostas para as muitas dúvidas que, no dia a dia nos assaltam. E a TAP quando é que começa a voar? E quando é que voltamos aos nossos postos de trabalho e ao convívio dos nossos amigos e colegas de trabalho? Será verdade o que alguns dizem que apesar do acordo de emergência haverá despedimentos? E a haver quais vão ser os critérios?

As respostas a algumas destas dúvidas e a muitas outras com que nos debatemos no nosso quotidiano, são verdadeiras incógnitas desta difícil equação, contudo, temos obviamente, algumas certezas. É certo que a diminuição drástica da atividade da aviação mundial terá consequências severas nas companhias aéreas em todo o mundo, e certamente em Portugal também. Mas significa isso que a TAP tenha que reduzir drasticamente a sua força de trabalho?

Pela análise que fazemos e pelo profundo conhecimento que temos de todo o setor, pensamos que não. Uma coisa é reduzir, outra bem diferente é ajustar e temporariamente.

Desde o início da pandemia, em todo o setor da aviação e aeroportos já se perderam mais de

3500 postos de trabalho e só na TAP mais de 1500. Em relação ao pessoal de terra, aqueles que

representamos, contam-se já por centenas os postos de trabalho perdidos. Mas será necessário

ainda mais algum ajustamento? Chamamos a atenção de todos vós para a cláusula 7ª do Acordo

Temporário de Emergência que assinámos no passado dia 8-2-2021. Além disso, também

podemos afirmar categoricamente que a filiação sindical não é, nem nunca poderá ser

critério para criar, eliminar ou salvar postos de trabalho. Isso, à luz da Constituição da

República seria considerado crime e muito grave.

No SITAVA adotámos e praticamos o lema “a verdade a que todos temos direito”, por isso não

alimentamos o boato, pelo contrário, combatemo-lo.

FONTE: SITAVA