O Governo excluiu os trabalhadores do debate para a modernização do sector do táxi. O Ministro do Ambiente e da Acção Climática afastou as organizações que representam os trabalhadores do grupo de trabalho criado para aquele efeito, ao contrário do que tinha aceite.

Informação da FECTRANS:

Governo secundariza trabalhadores do táxi

Num recente despacho para a constituição de um grupo de trabalho para apresentar propostas para a modernização do sector do táxi, o MAAC - Ministro do Ambiente e da Acção Climática secundarizou os trabalhadores do sector do táxi, como se eles não fossem uma parte importante neste sector.

Com efeito são indicadas um conjunto vasto de organizações para a composição desse grupo de trabalho, mas não inclui nenhuma organização representativa de trabalhadores, ao contrário da proposta que anteriormente tínhamos feito na forma de desafio e que o Ministro disse aceitar.

Será que na modernização do sector não importa resolver as questões do modelo das relações laborais existentes, muitas delas ilegais e que fazem que muitos trabalhadores nesta situação pandémica em que vivemos, não tenham nenhum apoio?

Será que vamos manter a situação de muitos trabalhadores que prestam serviço para empresas, mas que estas impõem contratos de prestação de serviço, transitando assim muito dos custos das entidades patronais para os trabalhadores?

Não haverá modernização do sector sem medidas que combatam a precariedade laboral, que valorizem os salários e a respetiva profissão.

Foi isto que defendemos junto das associações de empresas do sector. Da parte destas registámos da parte da ANTRAL – Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, uma desvalorização dos problemas referentes aos trabalhadores e da parte da FPT – Federação Portuguesa do Táxi, uma disponibilidade para se continuar a discutir todos os problemas do sector.