De acordo com o Eurostat, a taxa de desemprego relativa ao mês de Março fixou-se nos 11,1% em Portugal, tendo aumentado quando comparada com Março do ano passado (10,7%). Trata-se de um valor acima quer da média da União Europeia (9,5%), quer da Zona Euro (9,9%), ocupando Portugal posições cimeiras no que diz respeito a este flagelo (é 10% na UE27 e 6% na Zona Euro).
Comunicado de Imprensa n.º 026/11
DESEMPREGO NÃO BAIXA
De acordo com o Eurostat, a taxa de desemprego relativa ao mês de Março fixou-se nos 11,1% em Portugal, tendo aumentado quando comparada com Março do ano passado (10,7%).
Trata-se de um valor acima quer da média da União Europeia (9,5%), quer da Zona Euro (9,9%), ocupando Portugal posições cimeiras no que diz respeito a este flagelo (é 10º na UE27 e 6º na Zona Euro).
Uma vez mais os dados do Eurostat mostram que o desemprego não só não está a baixar no nosso país, como mantém a tendência de aumento anual, contrariamente ao que acontece na União Europeia e Zona Euro, e ao que afirmam responsáveis governamentais portugueses.
No entanto, a protecção social no desemprego é cada vez menor. Abrange só 293 mil desempregados, o que representa apenas 53% dos desempregados inscritos nos centros de emprego, número, que como se sabe, está subavaliado. Isto num contexto em que a taxa de cobertura das prestações desceu mais de 11 pontos percentuais em apenas um ano, tendo perdido a prestação cerca de 55 mil desempregados.
Assim e ao contrário do que, insensatamente, defendem os lobbys ligados à direita e aos grupos económicos e financeiros, este problema não se resolve com mais cortes a quem menos tem e mais precisa, mas com outra política que reforce a protecção social, promova o crescimento económico e uma justa distribuição da riqueza e assegure a criação de emprego digno.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 29.04.2011