O cessar-fogo agora acordado, após dois anos de massacre, de mais de 67 mil mortos e centenas de milhares de feridos, tem de ser efectivo e permanente. Deve ser garantido desde já a entrada sem quaisquer restrições de ajuda humanitária e o retorno dos refugiados em segurança, o fim do genocídio e da ocupação dos territórios de Gaza e da Cisjordânia.
Este acordo tem de contemplar a retirada das tropas israelitas de todo o território palestiniano, a fim de garantir o direito do povo palestiniano a viver em paz e segurança numa Palestina livre, independente e soberana, tal como preconizam as sucessivas resoluções da ONU. Este cessar-fogo não garante o fim da ocupação, nem o fim das agressões na Cisjordânia, onde se multiplicam as prisões arbitrárias, os assaltos de colonos e do exército israelita e onde se executa o plano de expansão colonialista do governo de Israel. Israel tem de se retirar imediatamente dos territórios da Líbia e da Síria que mantém ocupados, violando descaradamente o direito internacional.
Este cessar-fogo tardio é resultado da luta do povo Palestiniano e da solidariedade em todo o mundo, incluindo Portugal, e só não foi alcançado mais cedo pelo apoio dos EUA e a conivência dos aliados da NATO e da UE que tem permitido a Israel desenvolver a sua política belicista, de massacre e genocídio. Este cessar-fogo tem de ser respeitado e efectivado, ao contrário de anteriores que foram rasgados à primeira oportunidade.
A campanha de solidariedade “Todos pela Palestina! Fim ao Genocídio! Fim à Ocupação!” redobra de pertinência, com o desfile no próximo dia 18 de Outubro, às 15h no Areeiro em Lisboa e as várias acções por todo o país que culminarão nas manifestações em Lisboa e Porto no dia 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano.
INT/CGTP-IN
10.10.2025