Os trabalhadores da Faurecia Sistemas de Escape, em Bragança, aderiram em força à greve de ontem, mostrando unidade e determinação na resistência às pressões e na luta por uma vida melhor, afirmou o SITE Norte, que estimou a adesão em 70 a 80 por cento.
A administração proibiu a entrada do piquete de greve na fábrica do Grupo Forvia, mas os trabalhadores não desarmaram. No exterior, realizou-se uma concentração, que contou com a participação solidária de Filipe Pereira, da Comissão Executiva da CGTP-IN, entre outros dirigentes sindicais.
Respondam ao Caderno Reivindicativo!
No dia 18 de Novembro de 2024, num plenário com grande participação, os trabalhadores aprovaram o seu Caderno Reivindicativo. Foram ouvidos mais de 500 trabalhadores, em três horários distintos.
A Comissão Sindical e a Direcção do SITE Norte, mandatadas para negociar, sentaram-se à mesa com a administração a partir de 24 de Janeiro.
O que encontraram? Uma nova administração, que despreza as reivindicações dos trabalhadores, que recusa aumentos salariais dignos e a melhoria dos subsídios de transporte, alimentação, limpeza e manutenção de farda, que ignora as diuturnidades e tenta atropelar o direito a férias.
A 15 de Julho, foi clara a decisão tomada em plenário: greve, a 22 de Julho, e nova greve, a 21 de Agosto, se não houvesse acordo.
A administração teve tempo para resolver o problema. Não quis, nem depois da greve realizada a 22 de Julho!
Não houve nenhuma proposta patronal concreta para evitar as greves. A administração demonstrou indiferença, perante o descontentamento generalizado.
Os trabalhadores não ignoram que, nos últimos três anos, a Faurecia somou quase 50 milhões de euros de lucros (14 milhões em 2022, 17 milhões em 2023 e 18 milhões em 2024).
Para o sindicato e para os trabalhadores, os salários têm de subir.
Não aceitam aumentos de tostões! Não aceitam avaliações enviesadas, para justificar salários baixos! Não aceitam que se desvalorize quem, com o seu trabalho, garante a produção e o lucro desta empresa!