A nova administração da Boliden Somincor insiste em concentrar ainda mais o horário e não alterou essa posição incompreensível na reunião de mediação. O STIM reforçou o apelo à greve, nos dias 16, 17, 20 e 21, para defender direitos, em união.

Num comunicado em distribuição na mina de Neves-Corvo (Castro Verde), o sindicato salienta ser de extrema importância que todos os trabalhadores da Somincor mantenham a união, pois este é só o primeiro passo da empresa para retirar direitos. Os novos administradores já afirmaram que têm intenção de pôr em prática outras medidas.

A greve, pela manutenção do horário actual no fundo da mina e por respostas ao Caderno Reivindicativo, está convocada para os dias 16 e 17 (equipas A e B) e 20 e 21 (equipas C e D). Cabe aos trabalhadores a decisão sobre o tempo de paralisação, em concreto, dentro do período abrangido pelo pré-aviso.

A empresa reconhece que, desde 2019, altura em que o horário actual foi implementado, aumentaram os acidentes de trabalho, incluindo quatro acidentes fatais. Os resultados financeiros também pioraram.

Contudo, no dia 11, numa reunião com o sindicato nas instalações da DGERT (Ministério do Trabalho) a representação patronal demonstrou intransigência na implementação do seu modelo de turno. Recusou mesmo a sugestão da DGERT, para que se mantivesse o turno actual até à decisão do tribunal (audiência dia 23), o que levaria à suspensão da greve.

Ao reforçar o apelo à participação na greve, o STIM alertou que mais roubos de direitos, por parte da empresa, esperam pelo resultado desta luta.

Fonte: Fiequimetal

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