Os trabalhadores da TK Elevadores (antiga Thyssenkrupp Elevadores) realizaram uma greve de três horas na última sexta-feira, 14 de fevereiro, como parte de uma luta por melhores salários e condições de trabalho. A paralisação, que ocorreu entre as 9h e as 12h, afetou as delegações da empresa em dez localidades do país, incluindo Sintra, Palmela, Loulé, Ponta Delgada, Funchal, Santarém, Castelo Branco, Coimbra e Maia.
A concentração de trabalhadores na Maia contou com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, que manifestou o apoio da central sindical à luta dos trabalhadores da TK Elevadores.
A ação foi organizada pelos sindicatos da Fiequimetal - SITE Norte, SIESI; SITE Centro-Norte e SITE Centro-Sul e Regiões Autónomas - e teve como objetivo pressionar a administração da empresa a atender às reivindicações dos trabalhadores.
Os trabalhadores da TK Elevadores exigem um aumento salarial justo, a criação de participação nos lucros da empresa, o fim do uso abusivo das tecnologias de informação e comunicação (TIC) como forma de controle, a atualização do subsídio de alimentação, a criação da 6ª diuturnidade, o aumento do subsídio de insularidade, a atualização da remuneração por serviço de manutenção noturno e o pagamento do tempo de deslocação conforme decisão do Tribunal Europeu.
Segundo os sindicatos, a administração da TK Elevadores tem se mostrado intransigente nas negociações, que se arrastam desde junho de 2023. A empresa propõe aumentos salariais considerados insuficientes, inferiores ao do salário mínimo nacional, e não aceita a participação dos trabalhadores nos lucros, prática comum na TK Elevator em outros países.
A proposta da empresa foi rejeitada por 95% dos cerca de 400 trabalhadores, que se sentem desvalorizados e desrespeitados pela administração. Os trabalhadores da TK Elevadores, que atuam em áreas como instalação e manutenção de elevadores, consideram que a empresa tem condições financeiras para atender às suas reivindicações, já que lucrou quase 12,1 milhões de euros em 2024.
A greve de três horas foi um primeiro passo na luta dos trabalhadores da TK Elevadores por seus direitos. Os sindicatos já anunciaram que a paralisação é um "aviso" à administração e que, caso as reivindicações não sejam atendidas, novas ações de luta poderão ser realizadas.
A concentração de trabalhadores na Maia contou com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, que manifestou o apoio da central sindical à luta dos trabalhadores da TK Elevadores.