PARA LEVAR A NEGOCIAÇÃO A “BOM PORTO” A UNIDADE É DETERMINANTE!

O C.A., na reunião do dia 7/02, apresentou uma proposta de atualização salarial de 58€ e o subsídio de refeição passar para 11,30€, ou seja, mais 12 cêntimos. Transmitimos que esta proposta é completamente inaceitável. Fundamentamos a necessidade de um aumento real e substancial dos salários, reafirmando a nossa proposta de um aumento salarial de 15%, no mínimo, garantindo que nenhum trabalhador receba menos de 150€ de aumento. No que diz respeito ao subsídio de refeição, tendo em conta os aumentos registados no ano passado nos bares e refeitórios, bem como a contínua subida dos preços na restauração em geral, defendemos que este deve ser fixado em 15€.

Também referimos que, neste processo de negociação, é determinante avançar na criação de um subsídio compensatório para os trabalhadores dos setores oficinais e administrativos, como forma de valorização destas profissões, conforme a proposta que apresentámos. Igualmente, destacamos que é fundamental avançar na evolução para as 35 horas semanais, mesmo que de forma faseada, mas consistente.

No que se refere ao pagamento das deslocações no tráfego, deixámos claro que a inclusão dos “bónus” nos fatores penalizadores para o seu pagamento contraria completamente a letra e as intenções declaradas pelo próprio presidente do C.A. quando foi estabelecido o protocolo sobre esta matéria. Reafirmamos que o princípio aceite pelo C.A. foi o de que as deslocações seriam pagas sempre que um trabalhador largasse num local a mais de 250 metros do local onde pegou.

Sobre esta questão das deslocações, o presidente do C.A. manifestou disponibilidade para reavaliar o assunto, que será novamente abordado na próxima reunião, marcada para o dia 17/02. Quanto às restantes matérias, o presidente transmitiu as “habituais” dificuldades da empresa em corresponder às propostas sindicais, tanto em matéria salarial como na redução para as 35 horas semanais.

Para o STRUP-FECTRANS, é evidente que os resultados positivos alcançados pela empresa, assim como as manobras da CML para reduzir as compensações pelo serviço público que a Carris presta, devem ser respondidos com maior unidade dos trabalhadores na exigência de melhorias efetivas nos salários e na valorização das suas profissões. Se a empresa não pretende avançar imediatamente para a redução faseada das 35 horas, deveria, no mínimo, pagar em horas extraordinárias a diferença entre as 40 horas e as 35 horas semanais em todos os setores, conforme propusemos.

Por entendermos que os trabalhadores não podem deixar de ser ouvidos nos rumos que o processo de negociação deve tomar, propomos a realização de um PLENÁRIO GERAL, COM RECOLHA DE MATERIAL, PARA O PRÓXIMO DIA 18/02. Apelamos, desde já, à mobilização dos trabalhadores de todos os setores. Comunicámos esta nossa posição a todas as ORT’s na Carris.

Em unidade construiremos o nosso futuro!